“Antropologia do papa Francisco” é apresentada em reunião de assessores

O Grupo de Assessores (GA) das Comissões Episcopais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), incluindo também assessores das Edições CNBB e da Comissão Especial da Amazônia  se reuniu em Brasília (DF), nesta quinta-feira (8), em sua primeira reunião de 2018.

Participando da reunião pela primeira vez, após ter assumido a assessoria da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, o padre Leonardo José de Souza Pinheiro, de Juiz de Fora (MG), disse que, para ele, esta reunião é um momento de conhecimento da dinâmica de trabalho com os outros assessores. “Vejo o carinho e o amor que cada um deles tem, a partir de sua comissão, pela Igreja de Cristo no Brasil”, disse. Outro aspecto que ele ressaltou foi a riqueza de tantas realidades e focos de trabalho da Igreja no Brasil. “Percebe-se uma linda co-responsabilidade e fraternidade entre os assessores”, disse.

Monsenhor Antonio Catelan. Foto: Willian Bonfim/Assessoria de Imprensa CNBB

O tema de reflexão, conduzido pelo monsenhor Antonio Luiz Catelan Ferreira, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional da  CNBB, foi a “Antropologia do papa Francisco”.

Segundo o monsenhor, a antropologia do papa Franscico sobre o ser humano é marcada profundamente por um interesse pastoral. Embora nos seus elementos fundamentais, a antropologia do pontífice seja baseada na tradição da Igreja (na sagrada Escritura, na noção da imagem e semelhança de Deus, na tradição teológica), Catelan defende que o papa Francisco procura responder aos desafios concretos.

Um exemplo, cita o religioso, é a encíclica Laudato Si, na qual o santo padre desenvolve muitos elementos antropológicos mas vai além da questão do meio ambiente. “Ele está respondendo a uma questão muito mais ampla, da qual a ecologia é apenas um sintoma. O papa questiona uma compreensão reducionista de ser humano a uma das necessidades que é o consumo. Isto no paradigma da cultura atual, que é tecnocrata e tecnológica, onde tudo se reduz ao economicismo potencializado pela tecnologia”, pontuou.

A pobreza como critério – Para o monsenhor, o papa faz uma denúncia profética da redução do ser humano a mercadoria e objeto. “O papa anuncia que a cultura atual precisa reencontrar-se com valores fundamentais para que esteja a serviço do ser humano”, disse. Outra característica fundamental da antropologia do papa atual, apresentada ao GA, foi a de que o pontífice toma os pobres como critério. “Para o papa, uma cultura quando chega a produzir progresso também para os pobres é boa. No caso contrário, ela não está bem”, concluiu.

O  subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, padre Deusmar Jesus da Silva, coordenador da reunião, lembra que a reunião do GA tem como objetivo principal ser um espaço de troca de experiências para que os assessores se ajudem mutuamente no trabalho que prestam à Conferência, às igrejas particulares e à Igreja do Brasil. “Essas reuniões colaboram para  que a gente possa crescer mutuamente e desenvolver um trabalho melhor de assessoria”, avaliou.

Além de estudos, como este do aprofundamento sobre “Antropologia do papa Francisco”, o grupo se dedicará a conhecer a experiência de assessoria à Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora e a temas e encaminhamos próprios do GA, reforçou padre Deusmar. Durante o ano de 2018, o Grupo de Assessores da Comissões da CNBB se encontrará ainda nas seguintes datas: 21 de maio; 18 de junho; 23 e 24 de agosto; 17 de setembro e 22 de outubro.

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