D. Hilary Okede visitou vítimas do ataque à igreja de São Filipe que causou 13 mortos e 26 feridos
Abuja, 08 ago 2017 (Ecclesia) – Dois dias depois do ataque à igreja de São Filipe, em Ozubulu, na Nigéria, a comunidade católica local procura levantar-se depois de “um momento tão trágico”, que causou 13 mortos e 26 feridos.
Em declarações veiculadas pelo serviço informativo da Santa Sé, o bispo da Diocese de Nnewi, a que a comunidade vítima do ataque está ligada, realça que a coragem das pessoas, que não obstante a “grande preocupação”, voltaram a encher a igreja.
“Na missa que celebrámos ontem, na igreja de São Filipe, vieram muitas pessoas”, salientou D. Hilary Okede.
Durante a celebração, o prelado leu a mensagem que o Papa Francisco enviou às comunidades católicas locais, no âmbito do ataque armado de que foram vítimas.
Segundo o bispo de Nnewi, as palavras do Papa argentino deixaram todos “extremamente tocados”, pelo que significaram em termos de “proximidade” e de “conforto” para os corações.
Na origem do ataque de domingo terá estado uma disputa envolvendo o tráfico de droga, pois homens armados terão entrado na igreja durante a celebração de uma missa, atrás de outro homem, um presumível traficante, e na fuga começaram a disparar sobre as pessoas.
“Não tenho nenhum motivo para pensar que se tenha tratado de um atentado contra a Igreja”, realça D. Hilary Okede.
Várias pessoas foram mortas dentro da igreja de São Filipe, enquanto outras morreram já depois de estarem na ambulância a serem assistidas ou no hospital.
Há vários anos que na Nigéria tem vindo a operar o grupo terrorista islâmico ‘Boko Haram’, que quer instaurar um Estado Islâmico no norte do país.
No entanto, o bispo de Nnewi volta a frisar não acreditar tratar-se de um ato terrorista mas um caso resultante de uma disputa local, e pede às pessoas, sobretudo aos familiares das vítimas e aos feridos, que se entreguem à confiança em Deus.
“Disse a todos os meus fiéis para continuarem a ter confiança em Deus. Episódios como estes podem acontecer com qualquer um e a qualquer momento. Nós apenas podemos deixar tudo nas mãos de Deus e seguir a sua vontade”, completou.
O prelado apela ainda a todos os cristãos do mundo, para que rezem pela sua comunidade e por todas as que hoje continuam a ser vítimas de violência.
“Antes de tudo, pedimos aos nossos irmãos de fé para rezarem: por nós, pelas vítimas e pelos próprios atacantes. É a primeira coisa que pedimos: oração, oração, oração!”, reforça o bispo nigeriano.
Fonte: Agência Ecclesia