Amã (Agência Fides) – “A primeira rede de conexão permanente entre instituições e centros de estudo universitários islâmicos e cristãos atuantes nos países árabes acaba de ser inaugurada em Amã. A iniciativa ganhou forma no congresso promovido de 3 a 6 de maio em Amã, pelo Centro internacional para o diálogo Kaiciid e pelo Diyar Consortium.
O papel crucial das instituições universitárias de caráter religioso em contrastar ou fomentar as manipulações de conteúdos teológicos ou doutrinais está sendo há tempos evocado em pronunciamentos de lideranças políticas e analistas, que se questionam sobre como sair dos conflitos de matriz sectária que atormentam a região. Para concordar estratégias de colaboração, Diyar e Kaiciid reuniram em Amã os representantes de instituições acadêmicas islâmicas e cristãs deslocadas em países árabes para tentar favorecer percursos de instrução religiosa abertos ao pluralismo cultural e sensíveis à promoção do bem comum e dos direitos de cidadania.
A rede envolve, por enquanto, 15 instituições acadêmicas universitárias com sede em 9 países árabes, como o College of Sharia and Islamic Studies (Qatar), a faculdade de Direito da Universidade da Jordânia, o Instituto Dominicano de Estudos Orientais (sediado no Cairo), o departamento de estudos religiosos da Universidade Notre Dame (Líbano), a Universidade Ez-zitouna (Tunísia), a Universidade islâmica Abdullah bin Yassin (Mauritânia), e Evangelica Theologica Seminary do Cairo. Os representantes de instituições presentes elaboraram um programa trienal de encontros e sessões de trabalho úteis para desenvolver as linhas-mestre delineadas durante os dias do congresso.
Inaugurado oficialmente em 26 de novembro de 2012, o Centro Kaiciid tem sede em Viena, na Áustria. Fundado por Arábia Saudita, Espanha e Áustria, com a Santa Sé como organismo observador fundador, inclui representantes cristãos, budistas, judeus e muçulmanos.
Diyar Consortium é uma organização ecumênica promovida por cristãos luteranos fundada em Belém em 1995 e engajada em programas que beneficiam as faixas mais vulneráveis da população palestina.
Fonte: Agência Fides
