12 “dicas de etiqueta” que vão além da formalidade: são autênticos gestos de caridade cristã

As boas maneiras não são “frescura”: elas fazem parte da oferta da melhor versão de nós mesmos aos nossos irmãos, dignos filhos de Deus

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12 “dicas de etiqueta” que vão além da formalidade: são autênticos gestos de caridade cristã

As boas maneiras fazem parte da oferta da melhor versão de nós mesmos aos outros, não apenas por respeito e atenção, mas principalmente pelo reconhecimento de que cada um dos nossos irmãos é revestido da dignidade dos filhos de Deus.

Entretanto, parece haver cada vez menos empenho em se adotarem boas maneiras no dia-a-dia, desprezando-se o fato de que elas nos permitiriam conviver muito melhor. O preço do desleixo vem na forma de comportamentos sociais e relacionais cada vez mais indiferentes, grosseiros e até agressivos.

Não é cristão esperar primeiro que o outro se comporte adequadamente para só então retribuir com educação: mesmo quando o próximo não age de modo respeitoso, cabe a nós dar a ele o exemplo com maturidade e generosidade. Jesus, aliás, foi radical ao dizer que, mesmo que nos agridam, nós devemos dar a outra face. E a história da Igreja nos testemunha que a expansão do cristianismo por convicção se deveu justamente à prática do amor fraterno entre os cristãos, de quem o mundo pagão se obrigava a dizer, admirado: “Vede como eles se amam!“.

As seguintes “dicas de etiqueta”, por mais simples que pareçam, têm um grande potencial de melhorar a convivência – e são gestos de caridade para com o próximo:

1. Não chegue para visitar alguém sem telefonar antes. Nem sempre as pessoas estão preparadas para receber visitas e, em vários casos, corremos o risco de atrapalhar algum compromisso que elas já tinham assumido.

2. Não fique conferindo o seu telefone celular e, de preferência, nem sequer o deixe sobre a mesa enquanto conversa ou compartilha uma refeição com alguém. Um ser humano merece mais atenção do que um aparelho eletrônico.

3. Se você está com alguém que encontra e cumprimenta uma pessoa a quem você não conhece, cumprimente-a também. É um gesto muito simples de cortesia, mas que demonstra a nossa humanidade. Não deveríamos nunca nos considerar “estranhos” em relação a outros seres humanos, irmãos nossos.

4. Se alguém ofendeu você, não se rebaixe ao mesmo nível deficiente de comportamento. Demonstre firme dignidade e civilidade e não caia na armadilha de alimentar grosserias e posturas estúpidas. Um cristão só reage com a força em casos de legítima defesa – e, convenhamos, a esmagadora maioria das situações de falta de educação no cotidiano passam bem longe de ser ocasiões de “legítima defesa”, resolvendo-se com muito mais impacto mediante uma demonstração exemplar de bom senso e maturidade.

5. Todo motorista deve saber que passar por poças d’água molhando os pedestres não é só uma grande falta de respeito, mas uma imensa falta de caridade – além de poder prejudicar seriamente um compromisso pessoal ou profissional do pedestre atingido.

6. Não é cortês falar em público sobre temas como idade, dinheiro, preferências partidárias e problemas domésticos. Aliás, nos assuntos polêmicos, é sempre mais eficaz dar testemunho de verdadeira compostura e caridade cristã do que entrar em discussões que apenas geram atrito e afastam em vez de atrair. O cristão deve discernir com sensatez para não cair nem na omissão por medo nem no desrespeito pelo tempo de cada alma, que é o tempo de Deus.

7. Ao chegarmos a um cinema, teatro ou sala de concerto, o modo mais gentil de passar pelos corredores até chegar ao próprio assento é de rosto voltado às pessoas que já estão sentadas, e não dando as costas a elas.

8. A regra de ouro para usar perfumes é a moderação. O odor suave e agradável do perfume deve ser percebido somente quando os outros se aproximarem de você, e não suportado até mesmo à distância e durante o dia inteiro.

9. Quando entrar em um recinto, sempre cumprimente as pessoas com gentileza e com a discrição oportuna em cada ocasião. Ao entrar numa sala onde amigos estão conversando, a saudação tenderá a ser espontânea e alegre; já em um recinto onde alguém está falando ao público, por exemplo, a saudação deverá ser sóbria e em tom baixo, ao menos às pessoas que estiverem próximas do seu lugar, sem atrapalhar os outros. Mas cumprimente sempre e com simpatia, mesmo que seja só com o olhar ou com uma gentil reverência da cabeça!

10. Rir e falar alto pode ser bastante desagradável e desrespeitoso, assim como ficar olhando invasivamente as outras pessoas.

11. Coma sempre com autocontrole: devagar e fechando a boca ao mastigar.

12. Não se esqueça de sempre agradecer, inclusive aos amigos, familiares e pessoas próximas, com as quais nos sentimentos menos “obrigados” a certas “formalidades”. A gratidão não é uma “formalidade”. Expressar gratidão não é só um gesto de educação e sensibilidade, mas também um ato de caridade que pode ser um grande incentivo às pessoas em dias difíceis.

O sentido de tudo isso, para um cristão, é transcendente: praticar o amor ao próximo tratando-o de acordo com a sua dignidade de filho de Deus. Mesmo assim, pode ser interessante agregar um incentivo simplesmente humano, oferecido pelo ator norte-americano Jack Nicholson, famoso pelas suas boas maneiras:

“Presto muita atenção às regras de etiqueta. Em como oferecer um prato. Não gritar de um recinto a outro. Não abrir uma porta fechada sem antes bater. Ceder a passagem primeiro às mulheres. O objetivo de todas essas inumeráveis regras é muito simples: tornar a vida melhor. Não podemos viver num estado crônico de guerra com todos, isso é estúpido. Eu zelo cuidadosamente pelos meus modos. Isso não é um mito. É toda um linguagem de respeito mútuo compreensível para todos”.

 

Fonte: Aleteia

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