Lahore (Agência Fides) – Atuar imediatamente o plano de ação nacional contra o terrorismo deve ser “prioridade absoluta do governo, se a intenção for erradicar o terrorismo e o extremismo do país”: é o que pedem os bispos católicos do Paquistão em mensagem divulgada após o ataque suicida que abalou a cidade de Lahore. Em 13 de fevereiro, diante do Parlamento de Punjab, durante uma manifestação de protesto dos trabalhadores do setor farmacêutico, um camicase se detonou e causou 13 mortos e mais de 100 feridos, 20 dos quais ainda em grave condições.
Além do ataque de Lahore, dirigido sobretudo às forças policiais, outra explosão se verificou em Quetta. “Mais uma vez, fomos brutalmente atacados por forças extremistas”, nota o comunicado da Comissão Episcopal “Justiça e Paz” do Paquistão (Ncjp), recebido pela Fides e assinado pelo Presidente, o Bispo Joseph Arshad, e pelo Diretor nacional, pe. Emmanuel Yousaf.
“A incerteza da vida está se tornando sempre mais evidente no Paquistão”. Pedimos ao Senhor nosso Jesus Cristo que possa nos conceder a sabedoria, tolerância e a paz. Que Deus possa dar às famílias das vítimas a força de superar a perda de seus entes queridos, e ajude a rápida cura dos feridos”, afirma a Comissão.
O ataque suicida de Lahore foi reivindicado pela facção “Jamaatul Ahrar”, separada do conhecido grupo “Tehreek-i-Taliban Pakistan”, ambos proibidos pelo governo, que perpetraram uma nova ofensiva contra os departamentos governamentais em todo o país.
“O assassinato de manifestantes inocentes e de funcionários da segurança é inaceitável. Enquanto estendemos as condolências às famílias das vítimas, prestamos respeito e homenagem aos agentes de polícia mortos e rezamos por suas famílias e pelos feridos”, diz o texto divulgado pelos Bispos.
Enquanto o Primeiro-Ministro do Paquistão e todas as instituições públicas condenaram com força o ataque, a Comissão convida o governo a “entregar os culpados à Justiça e enfrentar as causas profundas desta intolerância, aumentando as medidas de proteção de todos os cidadãos”. De fato, não obstante o alerta que circulava, “o governo não conseguiu proteger os seus cidadãos e os funcionários de polícia”. Por isso, a Comissão pede que seja aplicado o plano de ação nacional contra o terrorismo, equipando de modo adequado os agentes policiais.
Fonte: Agência Fides