Apresentação de Nossa Senhora

    No dia 21 de Novembro de cada ano, temos a graça de celebrarmos a memória da Apresentação de Nossa Senhora no templo. Após o Concílio Ecumênico Vaticano II, a Igreja reformulou seu calendário litúrgico, surgindo então uma coleção de “Missas da Virgem Santa Maria”, como Apêndice ao Missal Romano. Dentre as festividades marianas do calendário está a memória obrigatória da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. No que se refere ao culto mariano, o Concílio dedicou um capítulo especial exortando todos os fiéis ao culto à Virgem Maria, de maneira essencialmente litúrgico (Lumen Gentium, 67), ou seja, associado à celebração das festas litúrgicas.
    O Concílio destacou o lugar da Mãe de Deus na Liturgia da Igreja na celebração do ciclo anual dos mistérios de Cristo: “a santa Igreja venera com especial amor, porque indissoluvelmente unida à obra de salvação do seu Filho, a Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, em quem vê e exalta o mais excelso fruto da Redenção, em quem contempla, qual imagem puríssima, o que ela, toda ela, com alegria deseja e espera ser” (SC 103). (http://www.a12.com/santuario-nacional/formacao/detalhes/a-memoria-da-apresentacao-de-nossa-senhora-no-templo,  acessado última vez no dia 08/11/2016)
    A celebração da memória da Apresentação de Nossa Senhora no Templo, iniciou-se no século VI, em Jerusalém, quando da construção de uma igreja em homenagem a este mistério. A Igreja do Oriente, acolheu e conservou zelosamente as tradicionais festas marianas, reservando à apresentação de Maria uma memória particular, como um dos mistérios da vida daquela que Deus escolheu para Mãe de seu Filho Unigênito. A partir do século XVI, tornou-se uma festa da Igreja Católica do mundo inteiro.
    De acordo com uma tradição antiga os pais da Virgem Maria, Joaquim e Ana, já na velhice, ao serem agraciados com a filha que lhes veio, eles a levaram ainda pequena para o Templo em Jerusalém para consagrá-la a Deus. Outras versões da história (como no Evangelho de Pseudo-Mateus e no Evangelho da Natividade de Maria) nos contam que Maria foi levada para o Templo com cerca de três anos de idade para cumprir uma promessa. Uma tradição conta que ela permaneceu ali já como uma certa preparação para o seu futuro papel como Mãe de Deus (Theotokos em grego).
    No dia da Apresentação de Maria, “celebramos a dedicação de si própria que Maria fez a Deus desde a sua tenra infância sob a inspiração do Espírito Santo, que preencheu-a com sua graça…”. O Papa Beato Paulo VI, em sua encíclica de 1974, Marialis Cultus, escreveu que “apesar de seu conteúdo apócrifo, [a história da Apresentação] apresenta elevados e exemplares valores e avança veneráveis tradições de origem nas igrejas orientais”. (Cf. Marialis Cultus no site- http://www.a12.com/santuario-nacional/formacao/detalhes/a-memoria-da-apresentacao-de-nossa-senhora-no-templo acessado última vez no dia 08/11/2016).
    No Evangelho deste dia (Mt 12, 46-50), vemos que fazer a vontade de Deus é o requisito que Jesus nos apresenta para também sermos considerados da Sua família. Portanto, não é difícil para nós imaginarmos membros da família de Jesus. Ele mesmo o diz e aponta para nós, como fez quando distinguiu os Seus discípulos: eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a Sua família, Ele não estava renunciando à Sua família segundo a carne. Isto foi comprovado quando, ao dar a Sua vida na cruz, Ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava.
    Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não têm qualquer significação no Reino de Deus. O relacionamento mais chegado do Senhor Jesus é com o Seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual – e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.
    Jesus não perdia tempo, por isso, ele aproveitava todos os momentos para dirigir ao povo, mensagens de vida e conversão. A Mãe de Jesus, em tudo fez a vontade do Pai, desde a encarnação até a morte e ressurreição de Jesus. Soube confiar no plano de Deus e, por isso, é chamada de co-Redentora, pois contribuiu para que tudo se realizasse. Por isso, neste dia queremos pedir a Bem-Aventurada Virgem Maria que olhe por todos nós e nos faça sermos fiéis ao caminho de Seu Filho.

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