ROMA, (ACI).- Uma foto que mostra uma religiosa perto de um míssil começou a circular nas redes sociais; trata-se – segundo a pessoa que difundiu a imagem – de um projétil que caiu no dia 23 de outubro no jardim de um convento carmelita em Aleppo (Síria) e que não explodiu, para tranquilidade das monjas.
“Os terroristas atacaram o convento em Aleppo com um míssil na manhã de ontem. Felizmente, o míssil não explodiu”, assinalou o internauta Maytham em sua conta de Twitter. Indicou que a imagem foi enviada por uma religiosa chamada Madre Maria Teresa, que “aparece em pé ao lado do míssil que não explodiu, para confirmar o incidente”.
A foto foi compartilhada nas redes sociais e muitos expressam sua satisfação pelo fato de o míssil não ter explodido. A ordem carmelita ainda não se manifestou oficialmente sobre este episódio.
“Deus protege as Carmelitas de Aleppo. Rezem por estas religiosas que, apesar da guerra, permanecem em sua terra”, afirmaram de SOS Cristãos do Oriente.
Aleppo se tonou nos últimos meses o centro dos mais fortes combates entre as forças leais ao presidente sírio Bashar al Assad, que controlam a região ocidental, e os rebeldes e grupos jihadistas que controlam a região oriental da cidade.
Em 17 de outubro, a seção australiana da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) publicou uma carta enviada pelas carmelitas através da qual narravam a trágica situação que vive Aleppo, assim como sua determinação de permanecer neste local para atender a população, apesar do perigo.
Do mesmo modo, no último sábado, 22, terminou a pausa humanitária decretada pela Rússia, aliada de Assad; em seguida, o exército sírio reiniciou os bombardeios contra os bairros controlados pelos rebeldes e jihadistas.
Por sua parte, a ONG Médicos sem Fronteiras assinalou que a trégua não foi nenhum alívio para os habitantes de Aleppo. “De acordo com as nossas informações, não chegou a ajuda na cidade, nem as pessoas saíram da cidade para receber ajuda em outro lugar”, declarou hoje o presidente da seção alemã da ONG, Volker Westerbarkey, à rádio alemã hr-iNFO.
Indicou que a situação humanitária é difícil e que os médicos trabalham nos hospitais sempre com o temor de morrer durante um bombardeio.
Fonte: Acidigital