A Igreja Católica de El Salvador pediu o respaldo dos salvadorenhos à trégua entre os dois esquadrões criminosos mais perigosos do país, alcançada com a mediação do bispo castrense, Dom Fabio Colindres, e que, segundo as autoridades, fez diminuir os homicídios.
A Conferência Episcopal de El Salvador, em seu primeiro comunicado sobre este tema, expressou seu apoio à intervenção de Dom Colindres para obter a trégua entre os bandos Mara Salvatrucha (MS) e La 18, e frisou que sua motivação não é política nem ilegal.
Pedimos a valiosa colaboração dos salvadorenhos não só para o grave problema dos esquadrões, mas também nos diversos aspectos de nosso ordenamento econômico, político e social indicou o comunicado, lido à imprensa pelo Arcebispo de São Salvador, Dom José Luis Escobar Alas.
Unanimemente, os bispos da Conferência Episcopal de El Salvador reiteramos nossa comunhão na obra pastoral penitenciária com os encarcerados e os membros dos esquadrões acrescentou o comunicado.
Dom José Luis pediu a todos os salvadorenhos que abram suas mentes e corações com generosidade aos novos sinais dos tempos, aos novos caminhos para a paz que o Senhor está abrindo à nossa nação.
As autoridades salvadorenhas consideram que a trégua entre as gangues MS e La 18 fez cair a média diária de homicídios de 15 para 4 ou 5.
A polêmica surgiu quando um grupo de chefes de gangues foi transferido de um cárcere de segurança máxima para prisões com menos restrições, em 9 de março, benefício que o Governo concedeu presumivelmente como parte das negociações.
El Salvador é considerado como um dos países mais violentos do mundo, com um índice de 68 homicídios por 100.000 habitantes, segundo informes da ONU citados recentemente por Funes.