A atividade ocorrerá de 11 a 13 de abril, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná
“Deus, Cosmos, Humanidade: um diálogo de fronteiras” será tema do Átrio de Gentios, atividade promovida pelo Vaticano, com proposta de debater o diálogo entre ciência, cultura e fé. O Brasil sediará o evento, pela primeira vez, no período de 11 a 13 de abril, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Reunirá intelectuais, artistas e acadêmicos.
A discussão central contará com conferência do presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, e do astrofísico, Marcelo Gleiser. Na programação estão previstas reflexões sobre espiritualidade e tecnologia, além de momento cultural, com show. Informações: atriodosgentios.pucpr.br
De acordo com o reitor da PUCPR, Waldemiro Gremski, o Átrio de Gentios será oportunidade para entender e dialogar que ciência e fé caminham juntas. “O Átrio já foi realizado em grandes capitais do mundo, e no Brasil, temos a felicidade de sediá-lo pela primeira vez. A universidade fomenta e está aberta a esse diálogo”, explicou reitor.
Lançamento
No dia 12 de fevereiro, houve cerimônia de lançamento do Átrio de Gentios, com presença de autoridades, bispos e acadêmicos. Contou com a presença do bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, do arcebispo de Curitiba (PR) e grão-chanceler da PUCPR, dom José Peruzzo, do reitor Waldemiro Gremski, do vice-presidente do Grupo Marista, irmão Rogério Mateucci, e do diretor do Instituto Ciência e Fé, Fabiano Incerti.
Na ocasião, dom Leonardo destacou que o papel do Átrio dos Gentios é dialogar; seja com a Igreja ou com as pessoas. “Os diálogos se dão na fronteira entre o crer e o saber. A ciência é sempre uma busca contínua de ultrapassar a si mesma. O Átrio quer ajudar a pessoa humana a ir além do limite da finitude. Agradeço à PUC por assumir de corpo e alma o evento”, disse o bispo.
Ainda sobre o Átrio de Gentios, o diretor do Instituto Ciência e Fé, Fabiano Incerti, esclarece que o objetivo principal é o diálogo entre crentes e não crentes, numa perspectiva de encontro de saberes, de experiências e de culturas. “A fé, as ciências, a arte, a política, a ética, a solidariedade, a sustentabilidade, são temas constantes nos debates e favorecem perguntas profundas e inquietantes, sobre as quais todos nós somos chamados a responder”, pontuou.
Saiba mais
O nome “Átrio dos Gentios” refere-se ao templo de Jerusalém construído depois do exílio, durante os anos 20-19 AC. Além das áreas reservadas aos membros populares de Israel, foi preparado, na parte interna do templo, um espaço reservado aos não judeus, e aos gentios que queriam chegar próximo do espaço sagrado e questionar os rabinos e mestres da lei.
O Pontifício Conselho para a Cultura iniciou a série de debates em vários países, buscando liberdade de expressão e respeito por aqueles que não acreditam e questionam sobre a fé. Inspirado no discurso do papa emérito Bento XVI, em 2009, o Átrio dos Gentios é espaço de fraternidade e de respeito mútuo, onde há convergências de buscas, de sentimentos, de experiências.
CNBB com fotos e informações da PUCPR.
Fonte: CNBB