Começamos 2016 conectados com a Manifestação (Epifania) do Menino que motivou a Festa do Natal. O envolvimento com Jesus Cristo implica compromisso com os valores do Evangelho, gravados no coração de cada pessoa. Começar com autenticidade, fazendo do novo ano um tempo vinculado com as exigências do projeto de Deus.
A vontade do Senhor, em relação às pessoas, é que sejam unidas, superando a insegurança, a falta de paz e todo mal-estar provocado pelo mundo da violência. Vontade que se revela nos atos de responsabilidade, no compromisso com a coletividade e até no combate do mosquito da dengue. Podemos ser culpados no caso de epidemia na sociedade.
A infidelidade a Deus pode ocorrer quando deixamos de praticar o direito e a justiça para com os mais fragilizados. A falta de solidariedade significa impossibilidade de amar a Deus sem ser justo com quem nos rodeia. Então, não é impossível construir uma vida saudável e fazer dos novos tempos ganhos positivos na vida.
Mas o projeto que causa vida feliz está assentado na cultura da inclusão. Este é o espírito natalino, do clima festivo do final de ano, que deve motivar a história do ano que começa. Não pode ser uma prática apenas de ideologia, de descompromisso real. Nos dizeres do Papa Francisco, “escancarar” as portas do coração para os irmãos.
Diz a sociologia que somos frutos do meio em que vivemos. Portanto, todos nós podemos contagiar os outros para fazer o bem. Esta foi a prática de Jesus. Manifestou-se de forma positiva, usando seu tempo com qualidade para construir ambientes sadios. Não podemos deixar que a falta de tempo impeça a qualidade dos nossos relacionamentos.
Neste novo ano, não deixemos que o nível de religiosidade, que acompanha a trajetória da vida das pessoas e das comunidades, esteja acima da prática da justiça social e da fraternidade. Essas são duas questões fundamentais para equilibrar a identidade natural da convivência, de forma objetiva na caminhada do ano. É com estas reflexões que desejamos um 2016 cheio de fecundidade para o Brasil.