O cardeal-patriarca de Lisboa apelou a uma resposta “mais humana e capaz” ao drama dos refugiados que têm chegado à Europa, numa atitude de “espírito e disponibilidade prática”.
“A dramática situação de tantos milhares de pessoas que demandam a Europa como lugar de paz e sustento para si e para os seus, arrostando com duríssimas dificuldades para chegar e permanecer no nosso Continente, exigem de todos nós a resposta mais humana e capaz”, escreve D. Manuel Clemente, na carta que enviou aos diocesanos no início do novo ano pastoral.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) recorda a convocação de um Jubileu da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016) pelo Papa Francisco, para convidar todas as famílias, comunidades e organizações católicas a colaborar “inteiramente com as instâncias nacionais e internacionais” na solução destas questões.
A resposta, precisa, “só pode ser global”, dada a “complexidade” dos problemas a resolver, a” curto, médio e longo prazo”.
A missiva, divulgada pelo Patriarcado de Lisboa na internet, tem como pano de fundo a preparação do Sínodo Diocesano de finais de 2016, 300 anos depois de o Papa Clemente XI ter elevado a capela real a basílica patriarcal.
D. Manuel Clemente sublinha que a diocese está a “estudar e a ensaiar novos métodos”, seguindo as sugestões dos vários capítulos da exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ do Papa Francisco, apontando para a elaboração de um “sólido” documento de trabalho, que servirá de base ao referido sínodo, definindo “as grandes linhas de ação do Patriarcado nos anos que se seguem”.
Além do Jubileu da Misericórdia, o cardeal-patriarca projeta uma série de acontecimentos que deverão marcar o ano pastoral 2015-2016, a começar pelo Sínodo dos Bispos, já em outubro, que “reforçará decerto a importância do critério familiar dentro e além da vida eclesial”.
Já em 2016, de janeiro a fevereiro, vai decorrer a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima ao Patriarcado de Lisboa.
“Próximos já do centenário das aparições (2017), receberemos da Mãe de Jesus as atitudes essenciais com que o acompanhou na terra e a missão que lhe foi confiada de nos acompanhar também, pelos caminhos da conversão e da paz”, escreve.
Fonte: Agência Ecclesia