Você já se sentiu tão esgotado a ponto de não ter mais motivação de fazer nem aquilo de que gosta?
Você já se sentiu tão esgotado a ponto de não ter mais motivação de fazer nem aquilo de que gosta? Já se sentiu tão pra baixo a ponto de não conseguir ver alegria no que faz e tudo ser motivo de irritação?
Pois eu já…
É muito comum as pessoas confundirem esgotamento mental e depressão porque esses dois problemas têm sintomas em comum.
O esgotamento está geralmente associado ao estresse do trabalho e ao desgaste mental. Depressão pode ou não estar relacionada ao trabalho.
Pessoas com esgotamento mental apresentam problemas de atenção e o nível de esgotamento pode ser medido de acordo com o número de lapsos cognitivos que a pessoa tem em um dia, tais como dizer coisas sem pensar, esquecer nomes, não reparar em um sinal vermelho enquanto dirige…
Estudos têm demonstrado que os homens apresentam mais dificuldade em assumir que estão esgotados. Muitos deles acham que isso é um sinal de fraqueza. Outros estão tão absorvidos em prover as necessidades materiais da família que não admitem que possam já ter passado do próprio limite.
As consequências disso podem ser desastrosas.
Por isso é muito importante que você saiba identificar os sinais de esgotamento em você e nos outros. Entre eles, podemos citar:
1. Tempestade em copo d’água
Quando, mesmo diante do menor dos problemas, a pessoa se descontrola já é um sinal claro de esgotamento.
Nessa situação ela está tão exaurida em suas capacidades mentais que não consegue mais distinguir com clareza um problema simples de algo realmente grande.
2. Cansaço crônico
Sentir-se exausto é um dos principais sintomas do esgotamento.
Não se trata apenas em sentir-se extremamente cansado uma vez ou outra. Mas, em um sentimento constante de cansaço. A pessoa sente-se o tempo todo sobrecarregada e esgotada.
3. Imunidade baixa
A adrenalina que o corpo produz nas situações de estresse ajuda a pessoa a estar em alerta. Mas produz estragos no sistema imunológico.
Com a resistência em baixa, a pessoa tende a ficar doente com mais frequência. Doenças que podem ir desde resfriados, crises de enxaqueca, dores de estômago até palpitações no coração.
4. Sentimento de ineficiência
A pessoa mentalmente esgotada sente que não consegue atingir seus objetivos na vida.
Com esse sentimento, a confiança da pessoa vai pelo ralo, e ela se sente ainda menos capaz diante dos desafios. O que gera efeitos desastrosos na autoestima.
5. Apatia generalizada
O entusiasmo pelo trabalho apaga e parece que tudo e todos são motivos de descontentamento para a pessoa esgotada.
Ela não sente mais motivação no que faz e se contenta em fazer o mínimo. Muitas vezes, não tem motivação nem para fazer as coisas que gosta.
6. Perfeccionismo exagerado
Pesquisas recentes demonstram que as pessoas perfeccionistas têm um risco muito maior de esgotamento. Isso porque o padrão de perfeição criado por elas consome muita energia, o que leva a um desgaste ainda maior.
Esse tipo de pessoa precisa avaliar com sinceridade se a perfeição é realmente essencial para cada projeto específico. A resposta geralmente é “não”.
7. Sem paradas
Um tempo para recuperação é muito importante na prevenção do esgotamento.
É preciso encontrar maneiras de se recuperar durante o trabalho (em pequenos intervalos), mas também após o trabalho (à noite, nos finais de semana, nas férias).
Quando falamos em descanso, não estamos nos referindo a dormir apenas. Mas, também, em dedicar-se a atividades que dão prazer – uma atividade física, um passeio em família, um hobby.
8. Muitas demandas do trabalho X poucos recursos de trabalho
Podemos explicar as “demandas do trabalho” como tudo aquilo que precisa ser feito – e, portanto, que consome esforço e energia.
Por “recursos de trabalho” podemos entender tudo aquilo que motiva, que nos ajuda a atingir os objetivos.
As demandas do trabalho não são necessariamente ruins. Mas, por causa da energia que consomem, precisam ser equilibradas com os recursos de trabalho.
O dinheiro é um recurso de trabalho muito importante – a expectativa da remuneração que vai receber motiva a fazer o que precisa ser feito. Mas esse não deve ser o único recurso de trabalho.
A alegria e a satisfação decorrentes da atividade exercida são muito importantes também (talvez até mais que o dinheiro!).
Entretanto, nem todos têm a oportunidade de fazer profissionalmente aquilo que realmente gostam. Mas todos têm a oportunidade de usar seus dons e talentos no serviço voluntário.
Esse tipo de trabalho não dá um tostão como retorno, mas traz consigo importantes recursos de trabalho como a alegria no serviço, o amor ao próximo e a gratidão. Recursos esses que dão energia para fazer todas as outras coisas.
O esgotamento tem sido descrito como o maior risco profissional do século XXI.
Conhecer seus sintomas e como diminuir seus efeitos é um primeiro passo muito importante rumo a uma vida plena e feliz.
Fonte: Aleteia