Lanciano, Orvieto, Ferrara, Offida, Siena (duas vezes) e Turim
1 – Lanciano – por volta do ano 700
Este milagre aconteceu no mosteiro de San Legoziano, dos monges de São Basílio. Na década de 1970, foi submetido à análise científica de dois peritos: o Dr. Odoardo Linoli, chefe de serviço dos Hospitais Reunidos de Arezzo e professor de anatomia e história patológica e de química e microscopia clínica, e o Dr. Ruggero Bertelli, professor emérito de anatomia humana na Universidade de Siena. Resultados da análise, segundo o relatório científico de 4 de março de 1971:
– A carne é verdadeira carne.
– O sangue é verdadeiro sangue.
– A carne pertence ao tecido muscular do coração.
– A carne e o sangue são do mesmo tipo AB e pertencem à espécie humana.
– É o mesmo tipo de sangue encontrado no Santo Sudário de Turim.
– Trata-se de carne e sangue de uma pessoa viva: viva não apenas na hora do milagre, ocorrido 1.200 anos antes, mas viva ainda hoje, já que as características de conservação do sangue são as mesmas de uma amostra de sangue humano colhido no mesmo dia.
– No sangue, além das proteínas normais, foram encontrados os seguintes minerais: cloretos, fósforos, magnésio, potássio, sódio e cálcio.
– A conservação da carne e do sangue, mantidos em estado natural durante 12 séculos e expostos à ação de agentes atmosféricos e biológicos, é um fenômeno inexplicável (imagem em destaque).
Os médicos disseram aos monges: “É o Verbo feito carne”.
2 – Ferrara – 28/03/1171
Propagava-se a perigosa heresia de Berengário de Tours, que negava a Eucaristia. O padre Pedro de Verona celebrava com mais três sacerdotes a missa de Páscoa na hoje basílica de Santa Maria in Vado quando a hóstia se transformou em carne: o sangue que caiu no altar tem suas marcas visíveis até os nossos dias. Em 1981, foi encontrado em Londres um documento de 1197 narrando o fato, que também é atestado pelo cardeal Migliatori (1404) e por uma bula do papa Eugênio IV (1442) encontrada em Roma em 1975.
3 – Orvieto e Bolsena – 1263
Jesus tinha pedido à beata Juliana de Cornillon (1258) a introdução da festa do Corpus Christi (O Corpo de Cristo) no calendário litúrgico da Igreja. O padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, em que ocorreu o milagre: da hóstia consagrada caíram gotas de sangue sobre o corporal… O papa Urbano IV (1262-1264) residia em Orvieto e ordenou ao bispo Santiago levar as relíquias de Bolsena a Orvieto. Com a bula Transiturus de mundo, de 11 de agosto de 1264, o pontífice determinou que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes passaria a ser celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo papa de compor o ofício da celebração. Em 1290, foi construída a catedral de Orvieto, chamada de “lírio das catedrais”.
4 – Offida – 1273
Ricciarella Stasio era uma devota imprudente que realizava práticas supersticiosas com a Eucaristia. Em uma das sessões, a hóstia consagrada se transformou em carne e sangue que foram entregues ao padre Giacomo Diattolevi e são conservados até hoje.
5 – Siena – 1330
Um sacerdote colocou indevidamente uma hóstia dentro do seu breviário para levá-la a um doente grave. A hóstia se liquefez em sangue e molho as páginas do livro, que são veneradas na Basílica de Santa Rita de Cássia como “Corpus Domini”.
6 – Turim – 1453
A igreja e o sacrário da catedral de Milão foram saqueados e o ostensório de prata roubado e levado de carruagem para Turim, onde o cavalo parou em frente à igreja de São Silvestre. O ostensório, enquanto caía ao chão, ficou flutuando “com grande esplendor, como o sol”. Foi chamado o bispo Ludovico Romagnano. Em sua presença, o ostensório caiu ao chão, mas a hóstia continuou flutuando no ar até descer num cálice que o bispo segurava. O relato é documentado nos Fatos Capitulares de 1454 a 1456 e levou à construção da igreja “Corpus Domini”.
7 – Siena – 1730
Na basílica de São Francisco, em Siena, ladrões lançaram ao chão 223 hóstias consagradas, que foram achadas entre as esmolas e outros papéis. Guardadas, nunca se decompuseram. A partir de 1914, foram feitos exames químicos que comprovaram o perfeito estado de conservação do pão.
Fonte: Aleteia