31º Domingo do Tempo Comum

    Hoje eu devo ficar na tua casa! (Lc 19,6)

    Celebramos nesse domingo, o 31º desse Tempo Comum. Chegamos ao final desse mês dedicado à missão e ao rosário, mas a nossa missão de testemunhas de Cristo e anunciadores do Reino de Deus continua. Preparamo-nos para iniciar mais um mês com algumas celebrações importantes, também, como por exemplo: Finados, Dia Mundial dos Pobres e Festa de Cristo Rei, com o encerramento do ano litúrgico.

    A liturgia desse domingo nos fala sobre a misericórdia e amor de Deus por cada um de nós e que o Senhor está sempre pronto a nos perdoar, basta abrirmos o nosso coração ao perdão. Estamos chegando no período do Advento, tempo propício para confessar os nossos pecados e celebrar o Natal de uma maneira diferente. Jesus acolhe Zaqueu e faz refeição com ele, do mesmo modo, Ele quer nos perdoar e fazer a refeição conosco.

    À medida em que vai se findando o ano litúrgico, a liturgia da missa vai preparando o nosso coração para que nos arrependamos de nossos pecados e aguardemos o Senhor que vem. Somos convidados a construir o Reino de Deus aqui na terra para vivê-lo de maneira plena no céu.

    O domingo é o dia do Senhor, dia de irmos à celebração Eucarística com a família. Temos que colocar Deus em primeiro lugar e, depois, as demais atividades. O lugar da família aos domingos deve ser na Igreja. A família é o santuário da vida e Igreja doméstica. Peçamos ao Senhor que abençoe todas as famílias e os casais perseverem diante das adversidades do dia a dia.

    A primeira leitura é do livro da Sabedoria (Sb 11, 12- 12,2), e nos fala da grandeza e do amor de Deus por nós e com que sabedorias Ele criou o mundo. Ele ama cada um de nós da maneira que somos e não nos pune em proporção às nossas culpas, pois Ele é amor. É com esse amor que Deus criou tudo o que existe e colocou o mundo aos cuidados do ser humano. Mesmo o ser humano falhando e não cuidando direito daquilo que Deus criou, Ele continua amando a humanidade, pois Deus é amor e não pode negar-se a si mesmo. Tudo o que Deus criou foi bom, inclusive o homem, mas a natureza humana leva ao pecado. Deus não castiga ninguém, mas corrige com carinho aqueles que erram para retomarem o bom caminho.

    O sacramento da confissão é a oportunidade de reconhecer os nossos erros, sermos perdoados por Deus e retomarmos o bom caminho. Deus está sempre pronto a nos perdoar e nos ensina que somente o amor pode construir uma sociedade mais justa e fraterna.

    O salmo responsorial é o 144 (145). O refrão diz: “Bendirei eternamente o vosso nome, para sempre ó Senhor, o louvarei”. Esse é um salmo de gratidão ao Senhor, por tudo o que Ele faz por nós, sobretudo, por sempre perdoar quando pecamos. A nossa meta final é a vida eterna. Após a nossa peregrinação terrestre, é no céu que queremos morar, por isso, façamos todo o esforço, para nos arrepender de nossos pecados e sermos merecedores da vida eterna. Louvemos e agradeçamos ao Senhor por tudo o que fez por nós.

    A segunda leitura é da segunda carta de São Paulo aos Tessalonicenses (2Ts 1, 11-22). Nessa carta, Paulo diz à comunidade que continua rezando incessantemente por eles, para que continuem perseverando no caminho do bem e sejam fortes na fé. Que Deus confirme a vocação ao qual foram chamados. Através do nosso batismo, somos chamados a viver a fé no dia a dia, anunciando o Reino de Deus e animando aquelas pessoas que se encontram entristecidas. Paulo alerta ainda para que a comunidade não se deixe levar facilmente por falas de pessoas que dizem que a segunda vinda de Cristo será logo, de maneira iminente. Eles devem rezar ao Espírito Santo para estarem preparados para esse dia, mas ninguém sabe quando será, somente o Pai.

    O Evangelho é de Lucas (Lc 19,1-10). Jesus havia entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. Ele se depara com Zaqueu, que era cobrador de impostos e considerado pelos fariseus e doutores da Lei, um pecado público. Zaqueu desejava ver Jesus e esperava muito que esse dia acontecesse. Por ter uma estatura baixa, ele sobe num tronco de uma árvore com o intuito de que Jesus o avistasse.

    Além de ser cobrador de impostos, Zaqueu era muito rico, porque normalmente os cobradores de impostos não repassavam todo o dinheiro recolhido ao governo, eles ficavam com uma parte. Por isso, a população não gostava dos cobradores de impostos e os consideravam ladrões e pecadores públicos. Com isso, a população excluía os que eles consideravam pecadores e quem possuía alguma doença contagiosa.

      Jesus vem na contramão daquilo que a sociedade da época pensava e inclui essas pessoas consideradas excluídas pela sociedade, no centro novamente. Jesus vem para curar as ovelhas perdidas da casa de Israel, pois como Ele mesmo dizia, os que já são sadios não precisam de médico.

    Jesus avista Zaqueu na árvore e diz para ele descer depressa, porque naquela tarde Ele deveria ir à casa de Zaqueu fazer a refeição. Zaqueu desceu depressa e acolheu Jesus com uma alegria enorme. As pessoas começaram a criticar essa atitude de Jesus, dizendo que Ele foi hospedar-se na casa de um pecador, mas foi justamente para isso que Ele veio.

    Zaqueu se arrepende de seus pecados e numa bela atitude diz que se roubou alguém, devolverá quatro vezes mais. Jesus respondeu a Zaqueu que hoje a salvação entrou em sua casa, porque ele também era um filho de Abraão.

    Deixemos com que Jesus entre em nossa casa e transforme a nossa vida, que possamos acolhê-lo com alegria da mesma forma que Zaqueu o acolheu. Procuremos a confissão sacramental e deixemos com que Jesus nos cure interiormente. Que possamos ficar felizes todas as vezes que recebermos Jesus na eucaristia. Que Jesus faça o milagre na nossa vida e nos cure de todos os males.

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