3 dicas sábias de investimento… inspiradas pela Bíblia!

Jesus nos convida a fazer bom uso dos talentos que nos foram dados

Bohan nunca tinha tido uma moeda de ouro. Quando ganhou uma pela primeira vez, não sabia o que fazer com ela. Mas o seu mestre o aconselhou a investi-la – e lá foi ele.

O banqueiro da aldeia incentivou Bohan a depositar a moeda de ouro no seu banco, prometendo-lhe uma taxa de juros muito atrativa. Mas Bohan recusou a oferta: se depositasse o dinheiro no banco, ele deixaria o banqueiro fazer o investimento em seu lugar. E não era isso o que o mestre tinha lhe dito.

A agricultura se mostrava uma óbvia oportunidade de investimento, mas… era óbvia demais. A região era dominada por sítios familiares. Quando as pessoas dali queriam investir, elas pensavam naturalmente em comprar um pedaço de terra e plantar. Mas a região já tinha bastante trigo e lentilhas. Mais uma plantação de lentilhas não produziria tanto valor assim.

Então Bohan andou por aí e conversou com muita gente. Indagou sobre o que as pessoas queriam e de que elas precisavam. Foi assim que ele descobriu também os talentos que as outras pessoas tinham.

Conheceu um pedreiro habilidoso, que ensinava ao filho as artes da construção. Ele era não apenas um pedreiro excepcional, mas também um notável professor. Enquanto aprendia um pouco mais sobre o ramo da construção, Bohan conheceu outro homem, que vendia alimentos nos canteiros de obras. Não uma comida muito boa: ele não fazia muito dinheiro, mas era um vendedor nato e parecia conhecer todo o mundo que trabalhava nas construções. Bohan também encontrou um astuto gerente de negócios, que tinha perdido recentemente o trabalho porque o seu antigo empregador tinha vendido a empresa.

Foi então que, juntos, o pedreiro, o vendedor, o gerente de negócios e Bohan formaram uma parceria para prestar um pacote de serviços de alvenaria em toda a região.

Não demorou muito para eles adquirirem uma pequena pedreira e começarem a contratar e capacitar novos trabalhadores para dar conta da crescente demanda. Um ano depois, Bohan não somente tinha participação num negócio próspero, como também um lucro de cinco moedas de ouro para apresentar ao seu mestre.

E o que esse conto tem a ver com a Bíblia?

Jesus nos propôs a famosa parábola das dez moedas de ouro para nos encorajar a investir bem os talentos que Deus nos deu. Imaginar como os servos fiéis investiram seus talentos pode nos dar algumas ideias para investirmos os nossos. O conto anterior é apenas isso: um pouco de imaginação sobre o que aqueles servos fiéis podem ter feito com os talentos recebidos.

Em primeiro lugar, temos que ser ousados ao fazer investimentos. Perdemos oportunidades de ouro quando escondemos os nossos talentos e deixamos que outros “invistam” por nós. Deus dotou de talentos a nós pessoalmente por alguma razão: somos nós que devemos fazê-los frutificar, colocando-os em prática em vez de escondê-los.

Em segundo lugar, precisamos ser cautelosos e inteligentes ao investir nossos talentos, pensando duas vezes antes de fazer a mesma coisa que muitas outras pessoas já fizeram com os talentos delas. Pode haver retornos maiores em outros campos: é preciso olhar mais longe para enxergar as oportunidades reais, ligadas às reais necessidades das pessoas. Professores e médicos, por exemplo, podem considerar lugares onde as necessidades são maiores e, portanto, o potencial de retorno também é maior – desde que seja um retorno justo, obviamente, e que não haja afobação por um retorno imediatista e meramente material. Afinal, um retorno realmente valioso é muito mais que o simples ganho financeiro.

Em terceiro lugar, é fundamental procurarmos oportunidades nas quais trabalharemos em parceria. A parábola das moedas de ouro pode dar certa impressão de que investir os talentos é um empreendimento solitário, mas, se prestarmos atenção, ela não diz em momento algum que deva ser assim. Aliás, raramente é assim que funciona um bom investimento. O negócio bem sucedido quase sempre envolve parceria e junção de trabalho duro, criatividade, habilidades especializadas e dinheiro – e nem todo mundo tem tudo isso sozinho. Juntar os nossos talentos com os de outras pessoas pode trazer um retorno muito mais considerável. Essa parceria é um fato que pode ser visto entre casais, dentro de famílias, em comunidades paroquiais e em organizações de muitos e variados tipos.

Se, assim como os servos fiéis da parábola, nós tivermos iniciativa, investirmos onde as necessidades e oportunidades são maiores e nos associarmos com pessoas que têm talentos complementares aos nossos, teremos retornos preciosos para apresentar ao Mestre! Trata-se, afinal, de investir talentos – não apenas recursos materiais. Os recursos materiais são só meios para conquistas muito mais ricas em significado e realização!

 

Fonte: Aleteia

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here