200 anos de independência do Brasil

    7 de setembro de 1822 – 7 de setembro de 2022.

    Entre o final do século XVIII (ano 1701 a 1800) e início do século XIX (ano 1801 a 1900), o absolutismo e o mercantilismo começaram a entrar em crise e decadência em grande parte da Europa ocidental. Eram sinais de que um novo tempo estava por nascer no qual a indústria, o livre comércio e a luta pela igualdade de direitos passaram a caracterizar essa nova fase da história.

    Nesse período ocorreram acontecimentos que refletiram na América espanhola e também na América portuguesa. Em 1776, as colônias inglesas, denominadas de Treze Colônias, declararam a independência em relação à Inglaterra originando assim os Estados Unidos da América; em 1807 a Inglaterra aboliu a escravidão; em 1791 os escravos de São Domingos promoveram várias revoltas que conduziram à independência do Haiti. Essa rebelião correspondia com os acontecimentos da Revolução Francesa nas colônias americanas e entre 1794 a 1802 a escravidão foi extinta em todas as colônias francesas.

    No Brasil, o Primeiro Reinado (1822-1831) corresponde ao primeiro período da monarquia instalada no Brasil, período este em que o Brasil foi governado por Dom Pedro I e deixando posteriormente o trono em favor de seu filho. A independência do Brasil foi colocada em prática pelas elites dominantes que estavam mais preocupadas com o fortalecimento político e social delas do que com a melhoria da condição social das camadas populares.

    Com a declaração de independência certas províncias não aceitaram se desligar do governo português. Houve resistência na Bahia, Piauí, Maranhão, Pará (norte e nordeste) e na Província Cisplatina (sul). Assim ocorreram as guerras de independência entre brasileiros e portugueses. O governo brasileiro organizou-se militarmente e pelo uso das armas impôs ao Maranhão e ao Pará a aceitação da independência e da unidade territorial do Império.

    O fracasso dos governos regenciais ficou evidenciado nessas revoltas sociais com caráter separatistas que ocorreram em algumas províncias no Brasil. As elites perceberam a necessidade urgente de restabelecer a ordem e garantir um novo rumo político para o país. O período regencial chegou ao fim com o chamado Golpe da Maioridade (1840). De acordo com a Constituição de 1824, o herdeiro do trono só poderia assumir o governo com 18 anos de idade. Contudo, os liberais anteciparam a maioridade de D. Pedro II que foi conduzido ao poder no ano de 1840.

    A importante e vitoriosa participação das Mulheres na Independência do Brasil. Em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil, que até então era uma Colônia de Portugal. E a participação das mulheres foi significativa e decisiva na luta pela consolidação da independência. Jamais podemos esquecer quatro mulheres por suas bravuras e intelectualidades: A Princesa Maria Leopoldina, a abadessa Joana Angélica, Maria Felipa, líder de mulheres negras e índios e Maria Quitéria, fingiu-se de homem e passou a se chamar soldado Medeiros, participando em inúmeros combates pela consolidação da independência, na cidade de Salvador.

    Em 13 de agosto de 1822, Dom Pedro I nomeou sua esposa, Dona Maria Leopoldina da Áustria, Chefe de Estado e Princesa Regente interina do Brasil. Fez isso porque precisava partir em viagem à província de São Paulo a fim de resolver por lá alguns conflitos políticos que poderiam inviabilizar o processo de Independência. Dom Pedro I permaneceria em São Paulo até 5 de setembro. Entretanto, o clima nas Cortes, em Lisboa, já estava bastante tenso, sobretudo após Dom Pedro I ter se recusado a voltar para o país natal. Após receberem mais um ultimato, Dona Leopoldina, na condição de chefe político interino, convocou o Conselho de Estado no Rio de Janeiro e “assinou, em 2 de setembro, um decreto declarando o Brasil oficialmente independente de Portugal”.

    Ainda continua o grito da independência contra a cultura de morte e proclamando o dom glorioso da vida pela dignidade da pessoa humana, pela igualdade social, pela saúde física, emocional, mental, pelo estado de direito, pela liberdade democrática e pela fraternidade em prol do bem de todos.

    Prof. Dr. Inácio José do Vale, especialista no ensino de Filosofia e Sociologia pelo Centro Universitário Dr. Edmundo Ulson – Araras-SP.

    Pós-graduado em Psicologia nas Organizações com Habilitação em Docência no Ensino Superior pela Faculdade Educamais de São Paulo-SP.

    Psicologia, Educação e Desenvolvimento pela Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo-SP.

    Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).

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