Texto referencial: Jesus estava orando em certo lugar…quando terminou um dos discípulos, pediu-lhe: “mestre ensina-nos a orar.” Jesus respondeu, quando orardes dizei:” Pai…” (Lc 10, 1-4).
Como e quando os apóstolos sentiram a necessidade de orar? Quando viram Jesus em oração. Trata-se da pedagogia do exemplo. Jesus não dava aulas sobre a necessidade da oração. Ele se retirava e no silêncio orava, falando com o seu Pai: ouvindo-o, falando-lhe e pedindo iluminação para vivência da missão. Os apóstolos presenciaram tudo isso.
Jesus, falava insistentemente com seu Pai, orando. Os doutores da lei os fariseus jamais falaram com Deus, chamando-o de Pai. Jesus sim. Não apenas, via Nele (Pai) “Ab” mas o (Abá) ou seja traduzindo, paizinho. Jesus nutria uma dimensão relacional, ou seja, dialógica e filial com o Pai. Para nós ela (oração) se tornou um tanto mecânica, ou uma obrigação. é claro que assim a dimensão religiosa da vida sofre.
Jesus, não ensinou, simplesmente uma fórmula. Tanto é verdade, que o texto (de Mateus 6,9-13) e o de Lucas (11,2-5) há certas diferenças no texto. Além do mais, Mateus apresenta mais pedidos que Lucas. Jesus, repito não deu aula sobre a oração. Deu exemplo de orante. Era diferente. Por isso, os apóstolos não apenas ouviram o mestre falar da oração, mas viram-no em oração.
O momento mais solene de sua oração, foi aquela diante da traição de judas e o sofrimento diante da prisão e morte. Ele, até pede ao Pai, que o livre de tudo isso, mas acrescenta, dizendo: “se não for possível, que eu assuma a cruz e seja fiel até o fim”. Jesus via e previa o mar de sofrimento que o esperava. Pediu ajuda ao Pai, mas assumiu a missão salvífica, até a morte. Carregou a cruz, pois os pecadores fomos e somos nós. Por isso, digamos também nós hoje e sempre: “Senhor, ensina-nos a orar” Ele nos dará até seu Espírito: nosso consolador e santificador.



