17º Domingo do Tempo Comum

    Pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto (Lc 11,9)

     Celebramos neste domingo o 17º do Tempo Comum, chegando ao final do sétimo mês do ano e ao término das férias escolares. A partir desta semana, tudo começa a voltar ao ritmo habitual com o retorno às aulas e, de fato, com o início do segundo semestre. Este mês foi um tempo de pausa, de respiro e de recarga para os próximos meses do ano.

    O segundo semestre, assim como o primeiro, é especial para a Igreja, com diversas celebrações significativas: em agosto, o Mês Vocacional, no qual recordamos, a cada domingo, uma vocação específica; em setembro, o Mês da Bíblia; em outubro, celebramos Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, além de ser o Mês do Rosário e das Missões; em novembro, recordamos os fiéis defuntos e o encerramento do Ano Litúrgico; e, em dezembro, celebramos o nascimento do Menino Jesus. Portanto, celebremos com alegria e fé este segundo semestre, unidos a toda a Igreja.

    Hoje, também celebramos o V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, instituído pelo Papa Francisco para o último domingo de julho. Originalmente, essa data era celebrada em 26 de julho, festa de Sant’Ana e São Joaquim, avós de Jesus. O Papa Francisco, desejando dar mais destaque a essa celebração — muitas vezes esquecida — determinou que fosse celebrada no último domingo de julho, para que toda a Igreja pudesse prestar uma homenagem aos avós e idosos.

    Neste ano o Papa Leão XIV enviou a mensagem para esse dia com o tema: “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança” (cf. Sir 14, 2) que nos diz, entre outras coisas: “a Sagrada Escritura apresenta vários casos de homens e mulheres já avançados em idade que o Senhor inclui nos seus desígnios de salvação. Pensemos em Abraão e Sara: já idosos, permanecem incrédulos diante da palavra de Deus, que lhes promete um filho. A impossibilidade de gerar parecia ter fechado o seu olhar de esperança para o futuro”.

    Mais do que homenagear, rezemos por todos os avós e idosos, para que sejam respeitados em sua dignidade. Que nenhum idoso seja esquecido em casas de repouso por seus familiares. Não vivamos a “cultura do descarte” que hoje impera na sociedade. Lembremo-nos do mandamento da Lei de Deus: honrar pai e mãe — o que inclui os avós e todos os nossos anciãos. Rezemos por nossos avós, nossos pais e por todos os familiares idosos que fazem parte de nossa história.

    Temos, portanto, muitos motivos para celebrarmos esta Eucaristia do 17º Domingo do Tempo Comum. Continuemos a rezar pela paz mundial, pelo Papa Leão XIV, pelos bispos, presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas. A liturgia de hoje nos ensina a confiar no Senhor e, por meio da fé, esperar com esperança as graças que Ele tem reservado para nós. Como diz Jesus no Evangelho: “Pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto” (Lc 11,9). Tenhamos essa confiança. Peçamos ao Espírito Santo o dom da perseverança e que jamais desanimemos na fé.

    A primeira leitura, do livro do Gênesis (Gn 18,20-32), nos apresenta o diálogo entre Deus e Abraão. O Senhor revela que ouviu o clamor contra Sodoma e Gomorra, cidades marcadas pelo pecado. No entanto, em sua infinita misericórdia, Deus escuta a súplica de Abraão, que intercede pelos justos que ali habitam. Isso nos mostra que Deus é paciente, justo e misericordioso, e que sua vontade é a conversão, não a destruição. Ele sempre nos dá oportunidade para recomeçar.

    O Salmo responsorial (Sl 137/138) proclama com fé: “Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!” É um salmo de louvor e agradecimento a Deus que escuta a súplica sincera, que nos livra dos perigos e que permanece fiel em seu amor.

    A segunda leitura, da Carta de São Paulo aos Colossenses (Cl 2,12-14), recorda que fomos libertos do pecado pelo sacrifício de Cristo na cruz. Pela fé, participamos da sua morte e ressurreição, e recebemos o perdão dos nossos pecados. Somos chamados à liberdade, para amar e servir. E nessa liberdade, transformamos nossa vida e a vida daqueles que nos rodeiam.

    O Evangelho, segundo Lucas (Lc 11,1-13), mostra Jesus ensinando os discípulos a rezar. A oração do Pai-Nosso, ensinada pelo próprio Senhor, nos mostra a essência da vida cristã: confiança, perdão, entrega e fé. Muitas vezes, como os discípulos, não sabemos rezar, mas Jesus nos mostra que uma oração sincera, mesmo que breve, toca o coração do Pai. Porém, não basta apenas rezar: é preciso viver aquilo que rezamos — perdoar, acolher, confiar e buscar o Reino de Deus.

    Jesus também nos convida à perseverança na oração. Deus, que é Pai, sempre nos escuta e nos dará aquilo que é bom. Ele jamais nos dará algo que nos prejudique. Por isso, não desanimemos! Se pedirmos com fé, segundo a vontade do Pai, receberemos com certeza.

    Celebremos com alegria e com o coração cheio de confiança este 17º Domingo do Tempo Comum. Aproximemo-nos do coração misericordioso de Deus, peçamos o perdão dos nossos pecados e amemos com sinceridade o nosso próximo. Rezemos especialmente por todos os avós e idosos, para que o Senhor os cumule com graças, saúde e carinho.

    Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

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