10 DE NOVEMBRO: IGREJA CELEBRA MEMÓRIA DE SÃO LEÃO MAGNO – 45º PAPA E DOUTOR DA IGREJA

A Igreja celebra nesta quarta-feira, 10 de novembro, a memória de São Leão Magno – Papa e doutor da Igreja. Nascido na Toscana no fim do século IV é lembrado nos textos de história pelo prestígio moral e político dos quais deu prova diante das ameaças dos hunos de Átila (que conseguiu prender no Míncio) e dos vândalos de Genserico (de quem amansou a ferocidade no saque de Roma de 455).

Com a morte do Papa Sisto III, São Leão Magno, que era seu conselheiro, foi eleito o 45º Papa da história. Sua consagração como Pontífice ocorreu em 29 de setembro de 440. Foram vinte e um anos dedicados ao papado e nesse período colecionou várias primazias: foi o primeiro Bispo de Roma a ser chamado Leão; o primeiro Sucessor de Pedro a ser chamado “Magno”; o primeiro Papa, que por sua pregação, foi também um dos dois únicos Papas – o outro foi Gregório Magno – a receber, em 1754, por desejo do Papa Bento XIV, o título de “Doutor da Igreja”.

A morte de Leão Magno ocorreu em 10 de novembro de 461. Segundo alguns historiadores, ele foi também o primeiro Papa a ser sepultado na Basílica Vaticana. Suas relíquias, ainda hoje, são conservadas na Capela de “Nossa Senhora do Pilar, na Basílica de São Pedro”.

“Pedro falou pela boca de Leão”

A vida de Leão, porém, não consistiu apenas no seu compromisso com a paz, que levou adiante com coragem e sem cessar. O Pontífice dedicou-se muito também à defesa da doutrina. Foi ele que, de fato, inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia – atual Kadiköy, na Turquia -, que reconheceu e afirmou a unidade de duas naturezas em Cristo: humana e divina; rejeitou a “heresia de Eutiques”, que negava a essência humana do Filho de Deus.

A intervenção de Leão no Concílio foi feita através de um texto doutrinal fundamental: o “Tomo de Leão” contra Flaviano, bispo de Constantinopla. O documento foi lido publicamente aos 350 Padres conciliares, que o acolheram por aclamação, afirmando: “Pedro falou pela boca de Leão, que ensinou segundo a piedade e a verdade”.

Teólogo e pastor

De acordo com o livro ‘Um santo para cada dia’, escrito por Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini, não existe muitas notícias biográficas do papa Leão, pois ele não gostava de falar de si em seus escritos.

“Tinha uma ideia altíssima de suas funções: sabia assumir a dignidade, o poder e a solidão de Pedro, chefe dos apóstolos”, destaca o livro.

Segundo o Vatican News, sustentador e promotor da Primazia de Roma, o “Pontífice Magno” deixou para a história quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, nos quais demonstra ser teólogo e pastor, zeloso com a comunhão entre as várias Igrejas, sem jamais esquecer as necessidades dos fiéis.

De fato, foi para eles que incentivou as obras de caridade em uma Roma dominada pela escassez, pobreza, injustiças e superstições pagãs; colocou em prática todas as ações necessárias – lê-se em seus escritos – para manter constantemente a justiça e “oferecer amorosamente a clemência, porque sem Cristo nada podemos fazer, mas com Ele tudo é possível”.

Com informações do Vatican News
Livro ‘Um santo para cada dia’, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini

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