Vaticano assinará acordo de relações com Timor-Leste

A comemoração dos 500 anos de evangelização da República Democrática de Timor-Leste será marcada por acordo das relações entre o país lusófono e a Santa Sé. A assinatura da “Concorda” acontecerá amanhã, 14 de agosto, com a presença do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, enviado especial do papa Francisco ao país.

Em sua chegada, o cardeal receberá as boas-vindas pela Guarda de Honra no Palácio do Governo, em Dili, e se reunirá com o primeiro-ministro, Rui Maria de Araújo. Durante a visita, dom Parolin se encontrará com o presidente da República timorense, Taur Matan Ruak, com o presidente do Parlamento Nacional, Vicente Guterres. Após assinatura do acordo, haverá coletiva de imprensa, com presença do representante do Vaticano e do governo timorense.

O cardeal Parolin presidirá missa, no dia 15, Festa da Assunção de Nossa Senhora, em comemoração aos 500 anos de evangelização do Timor-Leste em Tasi Tolu, Dili.

Em mensagem, o papa Francisco recordou a coragem dos missionários dominicanos que chegaram ao Timor, em 1515, para evangelizar o povo local. A atuação da Igreja contribuiu para a conquista do processo de auto-determinação e independência. Francisco disse, ainda, que a Igreja deve ter a liberdade de anunciar o Evangelho em modo integral, mesmo quando vai contra a corrente, “defendendo os valores que recebeu e aos quais deve permanecer fiel”.

Desenvolvimento nacional 

O primeiro-ministro timorense, Rui Maria de Araújo, pontuou que a Igreja Católica, ao longo de 500 anos, prestou grande apoio espiritual, humano e material ao povo timorense e contribuiu de forma decisiva para o processo de libertação de Timor-Leste.  “Tudo isso justifica que Timor-Leste é o país com maior percentagem de população católica em todo o mundo”, assinalou o primeiro-ministro.

Para Rui Maria, a ação da Igreja é “reconhecida e valorizada” na Constituição da República e que durante a luta pela Independência “fomentou a resistência do povo e legitimou internacionalmente os propósitos da Resistência”.

Fonte: CNBB