“(…) porque eram como ovelhas sem pastor” (cf. Mc 6,34b)
A Liturgia do XVI Domingo do Tempo Comum, demonstra a compaixão e o amor de Deus pelas “ovelhas sem pastor”. Tudo isto é demonstrado pelas Sagradas Escrituras através do Plano de Salvação e Vida Nova a todos os homens e mulheres.
Na Primeira Leitura extraída do Livro do Profeta Jeremias (Jr 23,1-6), por meio da voz de Jeremias, é condenado todos os maus pastores e que usam do seu “rebanho” para satisfazer os interesses pessoais – “Ai dos pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho de minha pastagem, diz o Senhor! Deste modo, isto diz o Senhor, Deus de Israel, aos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes o meu rebanho, e o afugentastes e não cuidastes dele; eis que irei verificar isso entre vós e castigar a malícia de vossas ações, diz o Senhor” (cf. Jr 23,1-2). Em contrapartida, o Profeta anuncia também, que o próprio Deus irá cuidar do seu rebanho, assegurando-lhe um Verdadeiro Pastor, onde através da Sabedoria, Justiça e Retidão, apascentará as ovelhas com amor e será conhecido como “Senhor, nossa Justiça” (cf. Jr 23,6b).
O Evangelho de Marcos (Mc 6,30-34), apresenta a concretização da Profecia de Jeremias do Pastor, “Senhor, nossa Justiça” (cf. Jr 23,6b) que seria enviado por Deus. Ora, através de Jesus Cristo, perante a seus ensinamentos e por meio da propagação da Boa Nova pelos discípulos, o seu Pastoreio alcança homens e mulheres que, ouvindo a Voz do Pastor, correm ao encontro do Emanuel! Por isto, “Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor” (cf. Mc 6,34).
A Segunda Leitura dada a Carta de São Paulo aos Efésios (Ef 2,13-18), Paulo recorda a Comunidade de Éfeso que erámos distantes, como ovelhas sem pastor, e que com o Sacrífico de Jesus Cristo, nos tornamos próximos. Portanto, “ele, de fato, é a nossa paz: do que era dividido, ele fez uma unidade. Em sua carne ele destruiu o muro de separação: a inimizade.” (cf. Ef 2,14). Assim, Jesus Cristo demonstra que ele é, verdadeiramente, “Senhor, nossa Justiça”, afinal “ele veio anunciar a paz a vós que estáveis longe, e a paz aos que estavam próximos. É graças a ele que uns e outros, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai” (cf. Ef 2,17-18).
Restaurados nas Palavras desta Liturgia, que ouvindo a voz do Senhor, o Verdadeiro Pastor, sejamos agraciados pelas Graças da Salvação todos os dias de nossas vidas, pois “Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei; estais comigo com bastão e com cajado; eles me dão a segurança!” (cf. Sl 22,3b-4)
Saudações em Jesus Cristo, o Verdadeiro Pastor!