Dentro da perspectiva do mês vocacional, a Igreja recorda, no quarto domingo de agosto, a vocação dos leigos e leigas aos diversos ministérios e serviços que podemos exercer na comunidade. Desde o nosso batismo, somos chamados a ser discípulos e missionários de Jesus e, ainda, sacerdotes, profetas e reis. Passamos a pertencer à Igreja, que tem Cristo como Cabeça, e nós somos os seus membros.
Pelo batismo, somos incorporados ao Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, e a partir disso passamos a exercer o sacerdócio comum dos fiéis. Esse sacerdócio consiste em edificar o Reino de Deus aqui na terra, anunciando a Palavra, sendo sal da terra e luz do mundo. Podemos viver esse chamado servindo nos diversos serviços e ministérios presentes na comunidade.
Todo batizado é chamado por Deus a uma vocação dentro da comunidade. É na intimidade com o Senhor, na oração, que discernimos nossa missão. As paróquias precisam muito de pessoas dispostas a servir. Se quisermos servir apenas para agradar alguém ou nos destacar, não compreendemos o verdadeiro sentido do serviço. Jesus nos ensinou a amar e a servir com humildade.
Há muitos serviços e ministérios em que podemos atuar: catequistas, ministros da Palavra, ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, ministério da música, acolhida, da consolação e esperança entre outros. Pelo batismo, nos tornamos discípulos e missionários; com o sacramento da Crisma, amadurecemos na fé e podemos assumir com mais firmeza os serviços pastorais.
Muitas vezes, o serviço pastoral começa justamente após a Crisma: jovens passam a auxiliar os catequistas, participam do grupo de jovens e, pouco a pouco, vão se engajando em outras pastorais, conforme sentem no coração o chamado de Deus.
É muito bonito ver famílias inteiras servindo na Igreja: filhos como coroinhas, pais como ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, catequistas, músicos. Como dizia São João Paulo II, a família é a Igreja Doméstica. Uma família que reza unida, permanece unida. Que todas as famílias participem juntas da vida pastoral da Igreja, além da Santa Missa.
Lembremos: os filhos seguem o exemplo dos pais. Se os pais participam ativamente da vida da Igreja, os filhos, naturalmente, também se engajarão, muitas vezes começando como coroinhas e, depois, em outros serviços.
Os serviços e ministérios assumidos pelos leigos mantêm viva a chama da fé, celebrada na vida pessoal, nas famílias e na comunidade. A Igreja, comunidade de discípulos e missionários de Jesus, é, como nos ensina a Constituição Dogmática Lumen Gentium, “luz para os povos”.
Há inúmeros testemunhos de leigos e leigas que, com amor e dedicação, edificam o Reino de Deus em nossas comunidades. Eles cumprem o mandato de Jesus, dado aos apóstolos e a nós hoje: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).
Agradeço, de coração em festa, a dedicação de todos os fiéis leigos e leigas que oferecem sua vida a serviço das comunidades paroquiais de nossa amada Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Sintam-se todos abraçados e recebam minha especial bênção neste dia dedicado a vocês! A grande missão dos leigos e leigas no mundo será comemorada no último domingo do ano litúrgico, o domingo de Cristo Rei e dia do leigo. A presença do cristão leigo como sal da terra e luz do mundo.
Procuremos estar sempre a serviço dos outros nas diversas pastorais, ministérios e serviços de nossas paróquias. Que todos os leigos espalhem o amor de Deus a todos que encontrarem. Que este mês vocacional inspire os que ainda não se engajaram a darem o seu “sim” ao Senhor.