Uma data memorável para o Seminário São José

    A nossa Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro esteve em festa entre os dias 24 a 26 de maio de 2024, pois celebraremos o centenário de reabertura do Seminário Arquidiocesano São José. A data anunciada é o dia 24 de maio, porém, devido as condições da época a realização do evento se deu, segundo as notícias, no dia 31 de maio. Nossa homenagem ao Cardeal Leme, nosso predecessor que tanto batalhou por isso. Hoje vemos os frutos de sua bela missão em nossa cidade.

     As comemorações iniciaram na Sexta-Feira dia 24 e concluíram-se no Sábado dia 26. O evento com o povo foi no dia 25, sábado, na missa às 8h30 na Catedral Metropolitana de São Sebastião, presidida pelo Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Dom Edgar Peña Parra, Substituto para Assuntos gerais da Secretaria de Estado do Vaticano que esteve aqui no Brasil de 22 a 27 de maio aceitando nosso convite para estar conosco nesse acontecimento marcante para nossa história.

    O seminário é como se fosse o coração de toda a arquidiocese, pois é nele que se formam os futuros sacerdotes. Temos que sempre rezar pelas vocações e pelo seminário para que nunca faltem jovens dispostos a abraçarem a vida sacerdotal e a servirem o povo de Deus.

    Graças a Deus, em nossa Arquidiocese há uma bela resposta dos jovens que se tornam seminaristas. Que sejam santos e perseverantes! A cada ano ordenamos um bom grupo de novos sacerdotes para a Arquidiocese. Agradecemos a providência de Deus pelas vocações em nossa Arquidiocese e incentivamos a continuar rezando pelas vocações e também levando adiante o belo e importante trabalho da Pastoral Vocacional.

    Neste ano nosso Seminário completa 285 anos, e é o mais antigo do Brasil, mas durante alguns anos no século XX permaneceu fechado. Agora são cem anos de reabertura, um século formando sacerdotes para bem servir o povo de Deus. Pudemos nessa ocasião recordar quantos jovens passaram por esse seminário, mesmo aqueles que não chegaram à ordenação, mas que fizeram a experiência de passar pelo seminário e hoje são membros ativos da igreja. Recordamos também formadores e seminaristas que já faleceram e que hoje são os intercessores no céu do seminário.

    O Seminário São José da nossa Arquidiocese é o mais antigo em funcionamento do Brasil, e celebra nos dias 24 (no seminário) e 25 (na catedral) de maio os cem anos de reabertura. São cem anos de reabertura, porém 284 de história, ou seja, em quase trezentos anos formou muitos padres e bispos. É de fato, oportuno agradecer a Deus essa história tão rica e tão bonita.

    Consagrado ao pai adotivo de Jesus, São José, que era um homem justo e que vivia a fé com afinco, os seminaristas que passam pelo seminário recebem a benção de São José e são chamados a espelhar-se em seu exemplo de vida. O seminarista deve ser justo e ter fé, a exemplo de São José. Aquele que é chamado a ser padre e acolhe esse caminho passa por algumas etapas de formação, além dos estudos acadêmicos de filosofia e teologia. È necessário levar a sério o processo formativo (discipulado, configuração e síntese), e ao longo do processo formativo rezar e perguntar a Deus se de fato está no caminho correto.

    O Seminário foi criado pelo quarto bispo diocesano do Rio de Janeiro, o português Dom Frei Antônio de Guadalupe, da ordem dos Frades Menores, em 05 de setembro de 1739. As primeiras instalações do seminário situavam-se na encosta do Morro do Castelo, no início da ladeira, que seria mais tarde chamada de Ladeira do Seminário. Hoje não existem nem mesmo o morro.

    Infelizmente, no início do século passado, depois de 168 anos por problemas internos da Igreja local e nacional, o seminário precisou fechar as portas. Nessa época o seminário já estava localizado na região do Rio Comprido. Mesmo assim, com a graça de Deus nunca faltaram vocações na Arquidiocese, durante dezesseis anos os candidatos menores eram enviados ao Seminário de Pirapora (SP), e os maiores para cursarem filosofia e teologia para os seminários de São Paulo (SP), Mariana (MG) e Roma. Após a conclusão das etapas formativas, os seminaristas voltavam para a Arquidiocese e eram ordenados.

    Felizmente, no dia 24 de maio de 1924 o seminário foi reaberto na Ilha de Paquetá pelo então Arcebispo Coadjutor, Dom Sebastião Leme, nomeando como primeiro reitor o padre Virgílio Spinelli Lapenda, de saudosa memória e grande reiniciador dessa grande marcha vocacional. Nessa época as instalações do Seminário no Rio Comprido estavam ocupadas pelos Maristas com o Colégio São José, com alunos que não se destinavam ao sacerdócio.

    Dez anos mais tarde, no ano letivo de 1934, os seminaristas puderam voltar para a sede do Seminário no Rio Comprido, onde permanecem até hoje, em prédio que foram sendo construídos e reformados ao longo do tempo ou construídos.

    No início do governo do Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, construiu um novo prédio do seminário, trazendo de volta os seminaristas que ainda estudavam fora, para retomarem os estudos filosóficos e teológicos.

    Portanto, meus irmãos, louvemos e agradeçamos a Deus por essa história mais do que centenária de nosso Seminário São José. São cem anos de reabertura, mas quase trezentos de história. Celebramos a Santa Missa do Rio Celebra no dia 25 de maio de 2024 com o coração agradecido por tantas pessoas que construíram essa história e por tantos sacerdotes que já passaram por nossa Arquidiocese e continuemos pedindo a Deus que os seminaristas perseverem em sua vocação e possamos construir mais cem anos de história.

    Agradeço, de coração alegre, a presença do Núncio Apostólico no Brasil, Sua Excelência Reverendíssima Dom Giambattista Diquattro que esteve entre nós no dia 24 de maio, assim como tantos outros bispos e padres que estudaram em nosso Seminário São José.

    Durante todos os dias de 23 a 27 de maio esteve entre nós presidindo as celebrações do centenpario, Sua Excelência Reverendíssima Dom Edgar Peña Parra, substituto para Assuntos gerais da Secretaria de Estado do Vaticano. Muito próximo de todos e entusiasmado em sua missão nos deixou grandes mensagens e grande exemplo. A todos que colaboraram e participaram, de perto e de longe, Deus conduza a história para sempre fazer a Sua vontade.. E juntos rezemos por todas as vocações.

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