Texto referencial: Como o Pai me enviou, também eu os envio. E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “recebei o Espírito o Espírito Santo” (Jo 20, 22b).
Com o Pentecostes se dá o nascimento público e oficial da Igreja. Jesus, já havia anunciado a vinda do Espírito Santo. Insistiu, até, em sua volta ao Pai, porque sem esta a tal vinda, não aconteceria. No evangelho de hoje, (Jo 20,22-23) Jesus soprou sobre os apóstolos dizendo: “recebei o Espírito Santo”. Soprar significa vida. No Gêneses, o Senhor dá a vida a Adão assoprando-a nas narinas do criando homem. Tornou-se então um ser vivente. Com Pentecostes a Igreja por Jesus, querida, amada e por sua ressurreição tornou-se viável, e isso de fato aconteceu.
Dentre os gregos havia a lenda da tentativa de roubar o fogo dos deuses, por parte dos homens. Na Bíblia (Gn 11) se fala de algo semelhante, Babel pois os homens se insurgindo contra Deus, construíram uma grande torre para assim acessá-lo. Mas Este, confundindo-lhes a mente e a linguagem, tornou inviável tal projeto. Pentecostes, foi o expediente de Deus para manter a humanidade unida (como Igreja), apesar da força desagregadora e centrífuga do pecado, presente no coração do homem. No entanto, a sequelas de Babel continuam dilaceradoras, também hoje, haja visto as guerras, as injustiças, bem como a miséria e as drogas, quase onipresentes.
No Evangelho citado, Jesus ainda acentua a necessidade da paz (duas vezes) e por isso deu-nos como presente também nos sacramentos do perdão, ou o da reconciliação. Não é imposição, mas dom. Afirmou: “a quem perdoares os pecados ser-lhes-ão perdoados, mas a quem os retiverdes (não perdoados) ser-lhes-ão retidos. Pergunto então: como pode haver ainda os que negam o dom deste alimento salutar? Deus tem misericórdia, mas quer me parecer, que estes, negando o dom sacramental queiram enfrentar sua justiça. Desaconselho fraternalmente tal opção. A decisão no portanto, é minha, tua, nossa…