“Quem é esta que avança como a aurora, formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como o exército em ordem de batalha?”
Na Liturgia deste domingo, celebramos a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, proclamado dogma de fé, afinal, assim definido pelo Papa Pio XII, em 1950, através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. (cf. https://santo.cancaonova.com/santo/assuncao-de-nossa-senhora-mae-de-deus/ – acesso em 15 de ago de 2020).
A Primeira Leitura, extraída do Livro do Apocalipse de São João (Ap 11, 19a; 12,1-6a.10ab), nos traz uma dualidade de interpretação deste belíssimo texto, em que primeira interpretação traz o nascimento da Igreja, com a centralidade o Cristo, o Filho; as doze estrelas, os apóstolos; a mulher, a Igreja Primitiva; e o dragão que simboliza a perseguição dos primeiros cristãos. Fato é, que o autor sagrado traz este texto como sinal de esperança para todos, principalmente, para aqueles que iniciaram o caminho da Igreja e para nós que continuamos a vivenciar este caminho. A segunda interpretação é voltada para a figura da Virgem Maria, a Nova Arca da Aliança, o Primeiro Tabernáculo, vivenciou as “dores” da perseguição ao seu Filho, Jesus. Mas nunca deixou de ser o sinal de Esperança e Confia nos planos de Deus, afinal sempre tinha consigo no coração: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo” (cf. Ap 12,10b).
Ora, desde o sim de Maria Santíssima, seus atos são voltados inteiramente para a cumprimento da Palavra de Deus em nosso meio. Assim, como o retratado no Evangelho de Lucas (Lc 1,39-56), Maria coloca-se a serviço, mesmo grávida, e é reconhecida a tamanha nobreza de sua missão pela sua prima Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (cf. Lc 1,42b). Afinal, com o SIM de Maria, a Salvação veio ao nosso meio e trouxe a Nova Aliança ao seu povo eleito, nas palavras da própria Mãe de Deus: “Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhosos. Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos despediu, sem nada, os ricos. Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre” (cf. Lc 1,50-55).
E a Filha de Sião que coparticipa do plano de Salvação será chamada por todas as gerações como bendita, afinal Deus fez dela a Mãe de todas as nações e deu a coroa de Rainha do Céu e da Terra: “À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir” (cf. Sl 44).
Enfim, que possamos seguir o exemplo de Maria, Torre de David, em confiar inteiramente nos planos de Deus! E que a Porta do Céu, Nossa Senhora, seja a nossa Consoladora em todos os momentos de nossa vida!
“Ó Mãe santíssima, me leva a Deus. E pra sempre exultarei com cantos. Tenros de louvor, buscando a salvação. E nessa hora que eu te rogo aqui. Dentro em meu peito esta vontade. De te conhecer, Maria tu que és Porta do Céu”
Saudações em Cristo!