O interesse do Ocidente

    Um olhar para os Estados Unidos, com seu poder constituído naquilo que existe de mais nefasto, em termos de dignidade humana, pois seus interesses são nocivamente sem limites, que, por meio da OTAN, provocaram mais essa guerra asquerosa e repugnante. Desse modo, seria um lapso perceber a guerra na Ucrânia como um processo isolado. A Rússia, por sua vez, está se defendendo das ameaças da OTAN, mas de maneira muito ignóbil e brutal. Meu Deus! Tudo, no seu conjunto, está muito desfavorável, perverso e iníquo para a humanidade e para o próprio planeta! A imprensa ocidental jamais declarou que boa parte da sociedade ucraniana queria e quer se unir à OTAN, mas, igualmente, uma larga parcela não quer e nem se sente atraída pelo mundo que quer dominar o planeta no seu todo.

    O que se evidencia na elevada atrocidade emocional e na cristalinidade de uma imprensa ocidental tendenciosa e parcial, como asseverou o Pe. José Alves dos Santos, o Dr. Enoque: “Pode-se dizer que essa guerra entre Rússia e Ucrânia tem sua principal motivação nos Estados Unidos da América, que quer a Ucrânia fazendo parte da OTAN, e isso tem impactado o Governo Russo. Essa aliança da Ucrânia com os americanos via OTAN enfraqueceria e ameaçaria a Rússia, ficando à mercê dos interesses do Ocidente, principalmente dos Estados Unidos da América. A situação se complica, porque a cobertura jornalística só apresenta uma parte da história, ou seja: os russos são os únicos vilões. Eles não abrem mão do seu maior objetivo: impedir que a Ucrânia se alie à OTAN”. Vale ressaltar, que apesar dos motivos causadores dessa guerra nos seus bastidores, não se justifica a morte de tantos civis indiscriminadamente, isso é reprovável e abominável”.

    O que transparece é uma Europa telespectadora e bastante impotente, não desejando enfrentar e duelar com a Rússia, na mesma altura – igual e equitativamente –, mesmo assistindo sua parceira, Ucrânia, dentro do fogo demolidor e devastador. A única saída parece consistir na repercussão e no efeito da grande parcialidade da mídia. Fica patente que o prejuízo é incalculável para a Europa, na sua dependência da Rússia, olhando-a, estruturalmente empoderada, como a maior potência energética do planeta: no gás, no petróleo, no carvão e no níquel.

    O respaldo chinês à Rússia causa inconformidade fugaz e mortífera aos Estados Unidos, propulsor e fomentador-mor da OTAN, embora a OTAN esteja mais sólida, mas estremecida, num imperdoável equívoco bloco ocidental, com a aproximação de Rússia e China, unidas de modo ininterrupto e permanente.

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