O declínio da saúde mental, em especial de nossos adolescentes. Foi o que mostrou o amplo estudo publicado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, que apresentou uma piora significativa nos sinais de insatisfação e depressão entre o público mais jovem na última década. O estudo mostra que quase três em cada cinco meninas adolescentes sentiram uma “tristeza persistente” em 2021, o dobro da taxa de meninos. E que uma em cada três meninas considerou tentar o suicídio. O Dr. Luca Braghieri e outros pesquisadores publicaram um estudo na American Economic Review mostrando um “aumento de 83% no número de jovens entre 18 e 23 anos com algum relato de depressão, entre 2008 e 2018”.
Dr. Braghieri é professor assistente no departamento de Ciências da Decisão na Universidade Bocconi e PhD em Economia pela Universidade de Stanford.
Estrela teen é internada em clínica psiquiátrica após andar nua pela rua
Amanda Bynes, que fez vários filmes de sucesso, vem sofrendo com problemas psiquiátricos desde 2013.
A ex-estrela teen Amanda Bynes, de 36 anos, causou preocupação ao ser vista andando sem roupa perto do centro de Los Angeles, nos Estados Unidos. Segundo o TMZ, ela reconheceu ter tido um episódio psicótico e ligou para o 911, pedindo ajuda. A atriz foi levada para uma delegacia de polícia próxima, onde uma equipe de saúde mental determinou que ela precisava ser internada em uma clínica psiquiátrica.
Amanda Bynes luta contra transtornos mentais há anos. Sua mãe foi sua tutora desde 2013, quando foi diagnosticada com problemas de transtorno bipolar. Depois de uma série de incidentes, como ter incendiado a garagem de seu vizinho, ela foi enviada para uma ala psiquiátrica para tratamento.
A internação pode durar mais de 72 horas, e esperamos que ela receba todo o cuidado necessário. Amanda Bynes é uma atriz conhecida por estrelar filmes como Ela é o Cara, Tudo que Uma Garota Quer e SOS do Amor.
A importância de saber sobre a saúde mental
A valorização do assunto e a priorização do bem-estar psicológico, ainda que tenha ganhado força com a pandemia, ainda não é uma realidade certa em todas as empresas, segundo uma pesquisa da consultoria Capita.
Segundo o estudo, 49% dos colaboradores não acham que seu líder imediato saberia o que fazer se eles conversassem com ele sobre um problema de saúde mental.
Em outra análise, feita pela Vittude, plataforma de terapia online, em parceria com a empresa de pesquisas de mercado Opinion Box, indica que 70% dos trabalhadores brasileiros afirmam que as empresas não sabem lidar corretamente com a questão, e 61% dizem já ter sido prejudicados pelo estresse excessivo no trabalho.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos trabalhadores adultos no mundo apresentam algum tipo de transtorno mental. A estimativa da OMS e também da Organização Internacional do Trabalho (OIT), é que diagnósticos de depressão e ansiedade custam à economia global algo em torno de US$ 1 trilhão anualmente.
Vivemos a era das perturbações mentais, das cruéis crises existenciais, nas armadilhas das redes sociais, na solidão da caverna digital, nas prisões da boçalidade, nas trevas das encruzilhadas, na pressão, opressão e depressão do sistema de cultura de morte. Escravizados numa mente doentia de ódio, inveja, ciúme, maledicência, agressiva e suicida. A nossa era é marcada pelas guerras patológicas e pelo terremoto da desigualdade social. Nessa arena, entra para vencer a terapia e a farmacologia. A saúde mental em primeiro lugar, em prol do sentido da vida integral.
Prof. Dr. Inácio José do Vale, Psicanalista Clínico, PhD.
Especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS.
Especialista em Psicologia da Saúde pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação-MG.
Doutorado em Psicanálise pelo Phoenix Instituto da Flórida-EUA.
Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).
Fontes:
https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/onde-o-mundo-piorou/