O Brasil vai bem?


    “Politicamente, no Brasil, tudo que é para a maioria pobre fica abandonado, depois que os relativamente ricos resolvem seus problemas”.

    CRISTOVAM BUARQUE, senador (PDT-DF) (1).

    Entre as 59 maiores economias do mundo, o Brasil ocupa a 54ª posição em infraestrutura tecnológica e educacional. Esses são dados do Institute for Management Development, que examina as tendências econômicas dos países,  mapeando sua visibilidade futura. O Brasil hoje ocupa a 47ª posição em performance econômica, caindo da 30ª em 2011. As coisas não vão tão bem quanto à maioria pensa.
    Estamos em 84° lugar no Índice de Desenvolvimento Humano. (IDH) e perdemos para países da região como Chile, Uruguai, Argentina. Cuba, que voltou a ter seu desenvolvimento humano medido depois de anos ausente do relatório do programa das Nações Unidas, aparece em 51° lugar.
    Estamos em 84° lugar no IDH; em 88° no Índice de Desenvolvimento Educacional; ainda somos um dos mais desiguais na distribuição de renda do mundo, apesar dos avanços recentes.
    E entender que, para deixarmos de ser o 73° país no ranking de renda per capita, temos que encarar as reformas estruturais de que o país necessita para crescer sustentavelmente, principalmente na educação (2).
    O Brasil caiu 37 posições no ranking do Índice Global de Inovação, elaborado pelo Instituto europeu de ensino e pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual, em que pesem todos os avanços dos últimos anos em nossas empresas e nos programas governamentais. Mesmo com seus vícios de origem, o resultado sugere reflexão sobre o que fazer para aumentar a competitividade da nossa economia.
    A experiência internacional e a nossa própria história indicam que a elevação da capacidade tecnológica de um país é essencial para gerar ganhos de produtividade, sem o que as economias enfrentam dificuldades para manter um crescimento saudável e duradouro. Antes da crise, os frágeis indicadores de inovação no Brasil apontavam a nossa dependência tecnológica como um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento. Diminuir a distância que nos separa das práticas mais avançadas, aumentar o investimento em pesquisa e colocar as empresas no centro das políticas públicas era fundamental. Em meio à crise, ações nessa direção tornam-se ainda mais urgentes.
    “O Brasil precisa lançar um grande programa para modernizar e ampliar sua infraestrutura científica e tecnológica associada aos projetos de desenvolvimento de inovação nas empresas brasileiras. Como uma agência de fomento federal, a Finep se prepara para fazer mais pelo país no seu aniversário de 45 anos de experiência”, escrevem GLAUCO ARBIX  que é presidente da financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e JOÃO ALBERTO DE NEGRI ROBERTO VERMULM são diretores da Finep (3).

    “A verdade, infelizmente, é que o governo dissimula: mantém um discurso de exaltação aos direitos humanos enquanto, na prática, não faz quase nada para cumprir a sentença que lhe foi imposta. Humilha os sobreviventes e familiares, que não estão em busca de dinheiro; querem apenas o resgate dos corpos, a reparação moral, a justiça”. “O que temos é uma lista de promessas não cumpridas pelo governo brasileiro”, afirma Beatriz Affonso, diretora do Centro pela Justiça e o Direito Internacional no Rio (4).

    “O governo não é a solução para os nossos problemas; o governo é o problema”, disse Ronaldo W. Reagan, em seu discurso de posse como 40. ° presidente dos Estados Unidos.

    Perguntava o pai do comunismo Karl Marx: “Quando se toca música nas altas esferas do Estado, o que se pode esperar dos que estão em baixo senão que dancem?”.

    O Estado se gloria por sustentar parte de seu povo com a Bolsa Família e não com emprego e salário digno!
    Os pobres sempre dançam na chapa quente!