Não por nossos méritos, mas por misericórdia de nosso Deus, somos um reino de sacerdotes e nação santa, como tal, reunimo-nos para celebrar a fé no Deus aliado dos despossuídos e marginalizados. Na celebração eucarística, fazemos memória do que Deus realizou em nosso favor, pois. “quando ainda estávamos sem forças, Cristo morreu pelos injustos no tempo oportuno”. Na celebração eucarística, alimentamos a esperança de transformar o sacerdócio de todos os fiéis em serviços à libertação de todos os que estão cansados e abatidos como ovelhas sem pastor. Nossa missão é a mesma de Jesus e na festa da Eucaristia assumimos desde agora o compromisso com o dia em que todos poderão festejar a vida em plenitude que Deus quer para todos.
Diante de nossos olhos estão multidões cansadas e abatidas, desorientadas e sem rumo. O clamor dessas pessoas é o apelo que Deus faz às pessoas de boa vontade para que se comprometam com a liberdade de todos os que foram alienados da saúde, moradia, terra, educação. Em síntese, de todos os despossuídos privados de cidadania, A iniciativa de Deus, o aliado dos oprimidos, é o ponto de partida para que, juntos, possamos construir uma sociedade nova, baseada na verdade, fraternidade e gratuidade. Precisamos ter gestos de compaixão particularmente diante do desemprego.
É necessário que meditemos sobre o que significa para os discípulos de Jesus, ter o mesmo poder que Ele teve de expulsar os espíritos maus e de curar todo tipo de doença e enfermidade do povo. Que saibamos descobrir quais são os gestos de nossas comunidades que podem mostrar que está próxima uma colheita abundante de justiça e verdade.
Os discípulos de Jesus devem caminhar da fé para a esperança na salvação definitiva, apesar de não terem superado ainda todas as alienações, das quais a morte é a expressão última. Caminham sobre o impulso do amor desinteressado de Deus com o compromisso de serem gratos e, ao mesmo tempo, gratuitos nas suas relações.