O sexto domingo do tempo comum nos mostra a realidade da lepra no Antigo Testamento e em Jesus Cristo, nosso Redentor e Salvador, o único que é capaz de nos livrar deste tormento terrível.
O Livro do Levítico ensina que: “Quando alguém tiver na pele do seu corpo alguma inflamação, erupção ou mancha branca, com aparência do mal da lepra, será levado ao sacerdote Aarão ou a um dos seus filhos sacerdotes. Se o homem estiver leproso é impuro, e como tal o sacerdote o deve declarar. O homem atingido por este mal andará com as vestes rasgadas, os cabelos em desordem e a barba coberta, gritando: Impuro! Impuro! Durante todo o tempo em que estiver leproso será impuro; e, sendo impuro, deve ficar isolado e morar fora do acampamento”(Lv 13,2.44-46).
O leproso era excluído e desprezado da sociedade. Jesus, na contra mão dos mestres da Lei e dos sacerdotes, quando um leproso chega perto dele e clama, com grande fé: “Se queres, tens o poder de curar-me”(Cf. Mc 1,40). Qual não foi a reação de Jesus? Aquela reação do leproso é tábua de relacionamento fundamental para todo o seguidor de Jesus: ele estava cheio de compaixão, e Jesus estendeu a mão para o leproso, tocou nele e disse: “Eu quero, fica curado!”(Mc 1,41). “No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado!”(Mc 1,42). Jesus cura o leproso e cura todas as nossas doenças, do corpo e da alma, para isso basta, apenas, que façamos ao Senhor um pedido confiante.
Mais depois da cura Jesus manda o ex-leproso a manter silêncio de seu milagre e ir no sacerdote, mostrando-lhe que fora curado e oferecendo o que para a sua purificação fora determinado pela lei de Moisés. O ex-leproso, ao contrário, saiu dando publicidade de sua cura, o que levou Jesus a não poder mais entrar publicamente naquela cidade, e indo para o deserto, para no recolhimento rezar.
A missa de hoje fortalece a nossa fé em Cristo e a nossa esperança para com todos os que passam dificuldades do corpo e da alma, para com os doentes, para com os encarcerados, os oprimidos e todos os homens e mulheres que são vítimas da indiferença e da frieza do mundo, clamando ao Senhor Jesus que nos liberte de todos os males e nos ensine a viver conforme a sua vontade, abrindo nosso coração ao coração Divino, para que sejamos expressão da compaixão e do amor de nosso Redentor.
Precisamente hoje o Santo Padre agradece os Cardeais da Santa Igreja Romana que ontem ele criou, e hoje bendize a Deus, em missa solene na Basílica Vaticana. É o Papa Francisco buscando os bispos mais humildes, das periferias existenciais, para levar para a Igreja o ar fresco da pobreza, da humildade, da compaixão e do amor. O Papa tem deixado de fora do Colégio dos Cardeais ou evitado de promover a dignidade de Metropolitas bispos arrogantes, auto suficientes, perversos ou donos da verdade. E não se escandalizem queridos irmãos, existem bispos assim, infelizmente, que não vivem o que prega Jesus, ou parecem anestesiados, como a propaganda oficial, em viver de aparências ou de publicidades em seus jornais, revistas, internet, esquecendo-se da realidade desastrosa que muitas vezes rondam as suas Igrejas particulares. São Paulo adverte hoje categoricamente: “Não escandalizeis ninguém, nem judeus, nem gregos, nem a Igreja de Deus. Fazei como eu, que procuro agradar a todos, em tudo, não buscando o que é vantajoso para mim mesmo, mas o que é vantajoso para todos, a fim de que sejam salvos. Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo”(Cf. 1Cor 10,32-33.11-1).
Não tenhamos medo de enfrentar as doenças que temos! Não sejamos tolos de divulgar que somos curados de doenças que persistem em nos acompanhar. Só Cristo cura e o miraculado deve apenas agradecer e não fazer propaganda!