É considerada por muitos especialistas, como o mal do século XXI
É o mal que encabeça as consultas psiquiátricas, psicológicas e psicanalíticas. E cresce cada vez mais: estima-se que a depressão ocupará o segundo lugar entre as causas de doenças e incapacidade no mundo, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares. A depressão afeta todas as faixas etárias, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O que é depressão?
Depressão é uma doença que afeta o sistema nervoso central, interferindo na emoção, percepção, pensamento e comportamento do indivíduo, causando grande sofrimento emocional e prejuízos para vida pessoal, social e profissional. A depressão não é simplesmente um momento de tristeza, algo normal para todas as pessoas. É um estado que realmente interfere no próprio organismo e nas relações do indivíduo com o trabalho, lazer e família.
A Classificação Internacional das Doenças, da Organização Mundial da Saúde, em sua décima revisão, a CID-10, classifica a depressão da seguinte forma:
F32: Episódios Depressivos: O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio depressivo: leve, moderado ou grave. Os episódios leves e moderados podem ser classificados de acordo com a presença ou ausência de sintomas somáticos. Os episódios depressivos graves são subdivididos de acordo com a presença ou ausência de sintomas psicóticos.
Muitos estudiosos (psicólogos, médicos, psicanalistas, psicopedagogos, pesquisadores) apontam as cobranças da vida moderna (emprego, cursos, relacionamentos), principalmente nas grandes cidades, como fatores que podem desencadear quadros de depressão. O estresse provocado pelo trânsito, à competição no ambiente de trabalho, luto, problemas sentimentais, as diversas responsabilidades do dia-a-dia, além da falta de tempo para realizar atividades prazerosas, podem estar relacionadas à origem de depressões.
Ela pode causar à pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano – sendo a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.
– De acordo com a OMS, estima-se que 350 milhões de pessoas, cerca de 5% da população mundial, sofram de depressão a cada ano (fonte: OMS, dados de 2012/2017).
– No Brasil, mais de onze milhões de brasileiros têm depressão. A doença representa quase um quarto dos atendimentos ambulatoriais e hospitalares em saúde mental no SUS. (Fonte: Ministério da Saúde, abril 2017). O “país do carnaval”, “do futebol” e “das novelas” é recordista em casos de depressão na América Latina.
De acordo com a OMS, cerca de 5,8% da população brasileira sofrem de depressão – um total de 11,5 milhões de casos. O índice é o maior na América Latina e o segundo maior nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram 5,9% da população com o transtorno e um total de 17,4 milhões de casos. “O fardo da depressão e de outras condições envolvendo a saúde mental está em ascensão em todo o mundo”, concluiu a OMS.
No Brasil, os órgãos responsáveis pelo atendimento de pacientes com transtornos psiquiátricos são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que estão muito aquém da demanda, como toda a saúde pública brasileira. Mas por que será que o brasileiro anda tão deprimido? Em entrevista à rádio CBN, a psicanalista Dra. Maria Del Vecchio afirma: “São depressões no plural. Não tem uma só maneira de ficar deprimido, têm várias. Cada um fica deprimido no seu jeito”.
A OMS considera que, por falta de suporte, somado ao medo do preconceito e o estigma, muitas pessoas com depressão não têm acesso ao tratamento que lhes permitiria uma vida saudável e produtiva. Segundo a diretora-geral da OMS, Dra. Margaret Chan, “esses números são um sinal de alerta para todos os países para que repensem suas abordagens para a saúde mental e para tratá-la com a urgência que ela merece”.
“Os antidepressivos sozinhos não surtem efeitos para fobias, ansiedade, depressão etc. Quando antidepressivos e psicoterapia são combinados, por outro lado, obtém-se resultados de longa duração”. O alerta é do neurocientista Dr. Eero Castrén, da Universidade de Helsinque-Finlândia.
Tratamento Natural Para Depressão
Associado ao tratamento com especialistas existe alguns cuidados que devem ser tidos ao longo do dia que complementam o tratamento, que incluem:
- Fazer exercício físico regularmente como caminhada, natação ou futebol;
- Passear em locais ao ar livre e luminosos;
- Expor-se ao sol por 15 minutos, diariamente;
- Ter uma alimentação saudável;
- Evitar álcool e tabaco;
- Dormir bem, de preferência entre 7 a 8 horas;
- Ouvir música, ir ao cinema ou teatro;
- Fazer voluntariado numa instituição;
- Melhorar a autoconfiança com boa leitura;
- Não ficar só;
- Evitar rotina estressante;
- Evitar passar o tempo todo em redes sociais como o Facebook;
- Evitar falar, ouvir, ler e pensamentos negativos;
- Evitar relacionamentos com pessoas negativas, que fala demais e mentirosas.
Alimentos Que Combatem a Depressão
Os alimentos que devem ser consumidos para combater a depressão são ricos nos seguintes nutrientes:
- Triptofano e ômega-3:carne, peixe, frutos do mar, ovo, castanha, amendoim, ervilha, abacate, couve-flor, banana, grão-de-bico e abacate;
- Cálcio: leite e derivados, de preferência desnatados;
- Magnésio:chocolate, castanhas, amêndoas, sementes de abóbora, arroz integral, gérmen de trigo, aveia, abacate e banana;
- Vitaminas do complexo B:espinafre, couve manteiga, leite e derivados, fígado, frango, ameixa e melancia;
- Vitamina C:acerola, goiaba, abacaxi, laranja, limão, tangerina, amora, framboesa;
- A maçã contém 40 benefícios para saúde;
- O mel, chá de camomila e chocolate amargo aliviam ansiedade e a depressão.
Para obter resultados na melhora do humor, esses alimentos devem ser consumidos diariamente em todas as refeições, sendo importantes também para perder peso e melhorar o trânsito intestinal.
Com auxílio de especialistas, psicoterapia, farmacologia, exercícios físicos, reeducação alimentar, lazer e espiritualidade, a libertação da doença será um fato concreto! Questões resolvidas, alma e mente curadas.
Prof. Dr. Inácio José do Vale, Psicanalista Clínico, PhD.
Trabalha Clinicando na Comunidade de Ação Pastoral – CAP
Especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS.
Especialista em Psicologia da Saúde pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação-MG.
Doutorado em Psicanálise pelo Phoenix Instituto da Flórida-EUA.
Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).
Autor do livro Terapia Psicanalítica: Demolindo a Ansiedade, a Depressão e a Posse da Saúde Física e Psicológica