Comentário ao Evangelho do Segundo Domingo do Advento: 04/12/2022 (Mt 3,1-12)

    Texto inspirador: “Não penseis que basta dizer: Abraão é nosso pai, porque eu vos digo: até mesmo destas pedras, Deus pode fazer nascer filhos de Abraão.” (Mt 3,9)

    No segundo domingo do advento, João Batista, o percursor de Jesus, entra em cena. Hoje ele continua. O Batista é um pregador vigoroso, duro. Chama os que não levam a vida e a própria missão a sério, de raça de víboras (Mt 3,7), ou então, os compara a palha a ser queimada, ou a árvores sem bons frutos, a serem, por isso mesmo, cortadas. Gostaríamos nós de ouvir isso? Não certamente. Mas não merecemos, porventura, muitas vezes, tal acusação? Respondei-me vós.

    São Mateus, citando João Batista, deixa claro que se trata, apenas, do precursor. O verdadeiro Messias é Jesus Cristo. O profeta, predecessor, que fecha com chaves de ouro o Antigo Testamento, confessa logo, que não é digno nem de desatar as correias das sandalhas do Messias. Mesmo assim, ele é escolhido para batizá-lo. Reagindo, ele confessa, que não deseja fazê-lo. Pois, sabe muito bem, quem ele é, conhece, também, quem é o Messias. No entanto, obedece e faz o que deveria fazer. Por sua grandeza de alma e virtudes ilibadas, foi martirizado por Herodes, a pedido de uma mulher perversa: Herodíades. Herodes, até, admirava a João, mas covarde e corrupto, como era, mandou executá-lo na prisão. João foi por Jesus, qualificado como o maior dos nascidos de mulher. Ele, de fato, era um homem admirável: ensina-nos que a fidelidade a Deus tem um alto custo.

    No tempo do advento, se acentuava antigamente, muito a dimensão penitencial. Hoje se frisa mais a dimensão da vigilância e da alegre preparação para o Natal. É claro que a conversão a Cristo, não é feita de festinhas, árvore de Natal e presépios… Requer mudança do estilo de vida: voltar-se mais para o Salvador e para os irmãos (ãs), mormente, para os mais necessitados. Lembremo-nos, de que nem o cruel Herodes e os escribas hipócritas visitaram a Jesus, o recém-nascido. Contudo, na manjedoura, além dos mensageiros celestes, apareceram os pastores, gente sem boa reputação, mas simples. Foram acolher e saudar o Salvador neonato.

    Repito: hoje, se deve acentuar no advento, mais a verdadeira atitude de vigilância e de alegre preparação, ao grande evento do Natal. Pede-se mais um clima de oração e de meditação da Palavra do Senhor. Por tanto, mais amor fraterno e menos espumante, panetone e papai Noel (sem querer menosprezar tais tradições, já seculares). Deus faz sempre a sua parte: o essencial. No entanto, cabe a nós, na vida, fazermos a nossa parte.

    Conclusão. Desejo a todos uma boa e abençoada preparação para o Natal.

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