A espiritualidade pode ter um impacto positivo na saúde mental, atuando como um recurso para reduzir estresse, ansiedade e depressão, e promovendo maior bem-estar, otimismo e qualidade de vida.
A conexão entre espiritualidade e saúde está documentada em inúmeras pesquisas científicas. Os primeiros trabalhos nessa área começaram a ser feitos nos anos 1980 e vêm evoluindo em todo o mundo. Há evidências de que pessoas com espiritualidade bem desenvolvida tendem a adoecer menos, a ter hábitos de vida mais saudáveis e, quando adoecem, desenvolvem menos depressão e se recuperam mais rapidamente.
A espiritualidade e a saúde mental estão essencialmente ligadas, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhecendo a espiritualidade como uma dimensão importante da qualidade de vida e do bem-estar integral. Estudos científicos demonstram que uma vida espiritual ativa pode ser um fator protetivo contra diversos problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e comportamento suicida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a espiritualidade como uma dimensão fundamental da saúde e do bem-estar integral. Em 1998, a OMS atualizou sua definição de saúde para incluir o bem-estar físico, mental, espiritual e social, afirmando que não se trata apenas da ausência de doença.
Quando um indivíduo se sente incapaz de encontrar um significado para os eventos da vida, como a doença, ele sofre pelo sentimento de vazio e desespero. Porém, a espiritualidade oferece um referencial positivo para o enfrentamento da doença, e ajuda a suportar melhor os sentimentos de culpa, raiva e ansiedade.
Muitos pacientes usam suas crenças para lidar com suas doenças. A cura pode ser influenciada pelo reforço positivista do paciente, e este efeito pode ser tão importante quanto os efeitos do tratamento clínico.
A espiritualidade proporciona crescimento nos vários campos do relacionamento: no campo intrapessoal (consigo próprio), gera esperança, altruísmo e idealismo, além de dar propósito para a vida e para o sofrimento; no campo interpessoal (com os outros) gera tolerância, unidade e o senso de pertencer a um grupo; no campo transpessoal (com um poder supremo), desperta o amor incondicional, adoração e crença de não estar só. Tais atitudes podem mobilizar energias e iniciativas positivas, com potencial para melhorar a qualidade de vida da pessoa.
Pessoas espiritualistas tendem a ser fisicamente mais saudáveis, têm estilos de vida mais benéficos e requerem menos assistência médica. Observou-se uma relação entre envolvimento espiritualista e vários aspectos da saúde mental, com mais sucesso para adaptação ao estresse. Em muitos estudos, a espiritualidade bem desenvolvida foi considerada um fator protetor para evitar sofrimento psicológiÇ co, suicídio, comportamento delinquente e abuso de drogas e álcool.
É sabido que indivíduos com envolvimento espiritualista tendem a enfrentar situações adversas com mais sucesso, e que isto está associado à remissão mais rápida da depressão. Em pacientes internados deprimidos, foi constatado que aqueles com uma forte espiritualidade permaneceram menos tempo no hospital.
A espiritualidade colabora para a melhora da saúde graças a vários fatores. Há um melhor estado psicológico (por trazer esperança, perdão, altruísmo e amor) e, consequentemente, melhor estratégia para lidar com problemas e redução do estresse. Isto gera equilíbrio das funções orgânicas controladas pelo sistema nervoso, como a produção de hormônios e a imunidade, afirmam o Dr. Marcelo Saad, Doutor em Ciências; Membro do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein – HIAE, São Paulo (SP), Brasil e a Dra. Roberta de Medeiros, Bióloga, Doutora em Fisiologia; Professora titular de Fisiologia do Centro Universitário São Camilo – São Paulo (SP), Brasil.
Prof. Dr. Inácio José do Vale, Psicanalista Clínico, PhD.
Especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS.
Especialista em neuropsicanálise e neuropsicologia pela Faculdade de São Marcos-RS.
Psicologia, Educação e Desenvolvimento pela Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo-SP.
Especialista em Psicologia da Saúde pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação-MG.
Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).




