Deus – Eu sou o Senhor, que te cura (Êxodo 15,26).
Jesus – O povo trouxe a Jesus todos os que tinham vários tipos de doenças; e ele os curou (Lucas 4,40).
Espírito Santo – O dom de cura (1 Coríntios 12,9).
A Palavra de Deus – Ele enviou a sua Palavra e os curou (Salmos 107,20; Hb 4,12-13).
Anjo Rafael – Rafael significa “Deus Cura” (Tobias 12,15).
Falta muito estudo com profundidade sobre a cura divina e a cura integral na dimensão do amor ao próximo, do amor de Deus e na completude da espiritualidade afetiva.
O renomado médico austríaco Dr. Sigmund Freud (1856-1939), foi neurologista, psiquiatra, professor, pesquisador, arqueólogo do inconsciente, escritor premiado e ínclito criador da psicanálise, afirmou: “Em última análise, precisamos amar para não adoecer. Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!”. “A Psicanálise é, em essência, uma cura pelo amor”. Nada mais belo e virtuoso pensar na beleza psicanalítica como uma abordagem terapêutica de amor e cura. O amor é intrínseco às necessidades humanas e está diretamente ligado a nossa psique.
O livro A cura pelo amor, do Pe. Alir Sanagiotto, SCJ, apresenta um esquema básico e fundamental: Deus é amor. Quem não é suficientemente amado fica marcado pelas feridas do desamor e precisa de terapia para consertar o desamor: pedir o amor de Deus, que vem pelo Espírito Santo, para que tudo seja reparado. Cada capítulo deste livro aborda uma realidade em que o desamor se manifesta, provocando no ser humano feridas emocionais que o fazem sofrer. A boa notícia é que existe solução para o drama do desamor: o que foi ferido agora pode ser curado pelo amor que vem de graça e é abundantemente derramado por Deus em todos os corações. “E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos 5,5).
O amor, a empatia e a compaixão são elementos fundamentais para o processo de cura do paciente, seja a cura emocional, seja a cura psicológica, seja a cura física. Mas o que são exatamente esses elementos? O amor pode ser definido como uma forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais. A empatia pode ser entendida como a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. A compaixão está relacionada a um sentimento de tristeza pela dor do outro, que desperta a vontade de confortar quem dela padece.
“Ser médico é colocar em prática o amor ao próximo”. “A medicina ideal não pode em momento algum perder sua ternura. O paciente não pode se transformar em um simples número de apartamento, em uma carteirinha de plano de saúde, em uma doença. Paciente tem rosto, tem corpo, tem alma, tem nome. O foco do médico deve ser tratar o doente; confortá-lo e curá-lo sempre que possível. E, quando não for mais possível, garantir a ele uma sobrevida digna”, disse o Dr. Antonio Carlos Lopes é presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.
O amor é o fundamento para formação do médico, mas não somente do médico, mas de todos os profissionais que trabalham em prol da dignidade humana e do bem-estar integral do seu semelhante, na promoção de sua saúde física, emocional, social e espiritual. Ser um instrumento de amor para que o outro encontre a cura no amor de si mesmo e na bênção do amor de Deus.
Prof. Dr. Inácio José do Vale, Psicanalista Clínico, PhD.
Especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS.
Especialista em Psicologia da Saúde pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação-MG.
Doutorado em Psicanálise pelo Phoenix Instituto da Flórida-EUA.
Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).
Autor do livro Terapia Psicanalítica: Demolindo a Ansiedade, a Depressão e a Posse da Saúde Física e Psicológica