Estamos no penúltimo Domingo do Ano Litúrgico. Celebramos também o 8º. Dia Mundial do Pobre. No Domingo próximo, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo encerrará este ano da Igreja. Hoje a Palavra de Deus, nos recorda que Jesus pagou um alto preço para salvar-nos; a moeda do resgate foi o seu Sangue derramado na Cruz.
A primeira leitura – Dn 12,1-3 – do Profeta Daniel, fala em combate e em tempo de angústia. É o nosso tempo, este tempo presente, que se chama “hoje”. O livro de Daniel retrata a situação das comunidades judaicas que viviam dispersas sob o domínio greco-romano dos dois últimos séculos antes de Cristo. Que o mundo vai acabar, até a Ciência sabe disso! A certeza do Julgamento é inevitável é Palavra de Deus. Feliz de quem acredita na Palavra de Deus e se prepara para ele!
Na segunda leitura – Hb 10,11-18 – Jesus fez a sua parte: morreu por nós! Seu Sangue é a moeda do resgate! Agora, é viver como resgatados pelo Sangue de Jesus, como servos pertencentes ao Senhor! Diante dessa realidade, a carta se apresenta como uma reflexão sobre o mistério de Cristo, o sacerdote por excelência, cuja missão é reconstruir a relação dos discípulos com o Pai e inseri-los no povo sacerdotal que é a comunidade cristã. O autor lembra que Jesus, ao entregar sua vida para a remissão de nossos pecados, conseguiu aproximar a humanidade do seu Criador.
No Evangelho – Mc 13,24-32 – o evangelista apresenta o discurso escatológico de Jesus aos seus discípulos, indicando a missão da comunidade desde sua morte até o final da história humana. Hoje, a Palavra de Deus adverte: tudo estará debaixo do senhorio de Cristo! Por isso, numa linguagem de cores fortes e figuras impressionantes, Jesus diz que a criação será abalada pela sua Vinda: “O sol vai escurecer e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas”. Que significa isso? Que toda a criação será palco dessa Revelação da glória do Senhor, toda a criação será transfigurada e alcançará a plenitude no parto de um novo céu e uma nova terra onde a glória de Deus brilhará para sempre! O Senhor afirma ainda que também a história chegará ao fim e será passada a limpo. Cristo fala disso usando a imagem da grande tribulação, isto é, as dores e contradições do tempo presente, que vão, em certo sentido se intensificando neste mundo.
As leituras são muito atuais e consoladoras, sobretudo nos dias atuais, quando vemos o Cristo enxovalhado, o cristianismo perseguido e desprezado, a santa Igreja católica caluniada.
Palavras deste mundo não podem descrever o que pertence ao mundo que há de vir. O que a Escritura deseja é nos alertar a que vivamos na verdade, vivamos na fé, vivamos na fidelidade ao Senhor.
Nesse Domingo celebramos o VIII Dia Mundial do Pobre, mais do que uma celebração é um dia de reflexão e de pensar como podemos mudar a realidade dos mais necessitados. Desde que o Papa Francisco assumiu o pontificado teve uma grande preocupação com os mais pobres, que deve ser uma preocupação de toda a Igreja, por isso, desde 2017 ele instituiu no penúltimo domingo do tempo comum o dia mundial do pobre, chamando a nossa atenção para olhar ao nosso redor e estender a mão para aqueles que mais precisam.
O tema escolhido pelo Santo padre para o dia mundial do pobre desse ano é: “A oração do pobre eleva-se até Deus” (Eclo 21,5). Somos convidados a rezar por todos os pobres e que a nossa oração se transforme em ação concreta, doando alimento, roupas, calçados para aqueles que mais precisam. Todos nós temos que ser pobres, mas pobres de espírito, pois assim estaremos livres para olhar as necessidades dos outros e herdar o reino dos céus.
Contemplando os pobres que precisam de nossa ajuda e a liturgia dominical que possamos ficar em prontidão para a Vinda do Senhor. Buscamos a cada dia da nossa vida viver unido com Cristo e por Cristo. Que estejamos sintonizados ao Senhor e vendo suas ações a cada dia.