17° Domingo do Tempo Comum

    “Saciai os vossos filhos, ó Senhor”!  (Sl 144-145)

    Celebramos neste Domingo o décimo sétimo do Tempo Comum, com essa celebração estamos chegando ao fim de mais um mês e iniciaremos, a partir de quinta-feira, um mês especial para a Igreja no Brasil que é o mês vocacional, em que recordamos todas as vocações as quais Deus chama cada batizado.

    Nessa celebração de hoje recordamos o “IV dia Mundial dos Avós e dos Idosos”, instituído pelo Papa Francisco em 2020. O tema escolhido para este ano é: “Na velhice não me abandones” (Sl 71,9). O Dia Mundial dos Avós e Idosos foi instituído pelo Papa Francisco porque no dia 26 de julho celebramos Sant’Ana e São Joaquim avós de Jesus e pais de Nossa Senhora.

    A intenção do Papa é tornar essa data mais popular, além de dar um caráter religioso para essa para essa celebração. E ainda, é uma chamada de atenção para todos nós cuidarmos melhor de nossos idosos e não os abandonar na velhice, como por exemplo nos sugere o tema desse ano.

    O Evangelho é do capítulo sexto de São João, que é o discurso que trata do pão da vida, ou seja, Jesus se apresenta como aquele a quem todos devem acorrer e o alimento que Ele oferece nos garante a vida eterna. Iniciamos neste ano a proclamação de todo o capítulo sexto de João. No Evangelho deste domingo mais precisamente João narra segundo a sua perspectiva a multiplicação dos pães, ensinando a cada um de nós que devemos partilhar não só o alimento espiritual, mas também o material.

    A primeira leitura da missa deste domingo é do segundo livro dos Reis (2Rs 4,42-44), essa leitura também nos fala sobre a partilha dos pães, um homem de Baal–Salisa traz em seu alforge para Eliseu os pães que são frutos da terra plantada pelo próprio povo. Eliseu diz que distribuísse os pães para o povo, o homem questiona Eliseu dizendo que os pães não dariam para todos, mas Eliseu insiste que ele o fizesse. O homem distribuiu e conforme a palavra do profeta sobraram pães.

    Essa leitura nos ensina que como forma de agradecimento a Deus devemos partilhar tudo aquilo que possuímos com aqueles que pouco ou nada tem. E quanto mais partilharmos, mais Deus vai providenciar para que nunca nos falte. Se partilharmos com o próximo aquilo que conquistamos com o suor de nosso trabalho, Deus nos abençoará e nos fará frutificar ainda mais.

    O salmo responsorial é o 144(145), que diz em seu refrão: “Saciai os vossos filhos, ó Senhor”!  o refrão desse salmo é um pedido de súplica ao Senhor para que nunca nos falte o alimento e o sustento diário. O pão que o Senhor nos oferece nos garante a vida eterna, a ceia que comeremos aqui, nos preparará para o banquete eterno no céu.

    A segunda leitura é da carta de São Paulo aos Efésios (Ef 4,1-6), Paulo exorta a comunidade para que vivam bem uns com os outros e se mantenham unidos através do Espírito Santo que habita em cada um. O Espírito Santo nos une ao Senhor e nos faz crer que não existem outros “senhores”, mas um único Senhor que nos sustenta e nos dá coragem para seguir adiante.

    O Evangelho é de João (Jo 6,1-15): todo o capítulo sexto de São João é sobre o discurso do pão da vida. Todo aquele que come do pão que Jesus oferece viverá eternamente, Ele nos deixou como memorial o seu Corpo e Sangue, e todas as vezes que participamos do baquete eucarístico aqui na terra é a antecipação daquilo que viveremos na eternidade.

    Quando recebemos a primeira comunhão é só o início daquilo que vamos comungar todas as vezes que participarmos da missa aqui na terra, e daquilo que vamos comungar na eternidade. É importante todas as vezes que formos a missa comungarmos das duas mesas, ou seja, da mesa da Palavra e da mesa da Eucaristia. Seguindo o exemplo dos discípulos de Emaús a palavra primeiramente precisa interiorizar em nós e a partir da palavra interiorizada o nosso coração se abre para comungarmos do corpo e sangue do Senhor.

    Nesse trecho do Evangelho, João narra a partir de sua experiência a multiplicação dos pães, narrada também nos evangelhos sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas. A multiplicação dos pães em João é quarto “sinal” realizado por Jesus antes de sofrer a paixão, estava próxima a Páscoa dos Judeus. Jesus sobe ao monte como de costume e fica para ensinar e falar a multidão e mais próximo do Pai.

    Ao ver que havia uma grande multidão reunida e que o pão e os peixes não dariam para todos, Jesus pergunta a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” É claro que Jesus sabia o que iria fazer, mas pergunta a Filipe para testá-lo. E Filipe responde que nem duzentas moedas de prata bastaria para comprar pão para tanta gente.

    Depois que apresentam os pães e os peixes a Jesus, Ele pede que multidão se sente faz a oração da multiplicação e pede para que os discípulos distribuam os pães e os peixes. Ainda recolheram doze cestos com as sobras dos cinco pães e dos dois peixes. Esse Evangelho nos ensina sobretudo que devemos partilhar com aqueles que pouco ou nada tem os bens materiais, inclusive os alimentos. Quando partilhamos com amor aquilo que temos, Deus nos dará sempre em dobro. E ainda, se partilhamos o bem espiritual que é a Eucaristia devemos partilhar os bens materiais.

    Celebremos com alegria esse décimo sétimo domingo do tempo comum e estejamos sempre atentos às necessidades de nossos irmãos. Aprendamos de Jesus no Evangelho de hoje a partilharmos aquilo que temos com aqueles que pouco ou nada tem. Agindo dessa forma viveremos de maneira concreta o Evangelho, pois ao comungarmos do corpo e sangue de Cristo temos que abertos a ajudar aos que mais precisam.

    Rezemos nessa missa por todos os avós e idosos e que muitas vezes precisam de nossa ajuda e respeitemos os mais velhos cumprindo o mandamento do Senhor. Rezemos, também, pelos avós falecidos para que contemplem a face de Deus! Deus abençoe muito todos os avós!

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