Coleta para os Lugares Santos

    Na Sexta-Feira Santa acontece nas Igrejas de todo o mundo a coleta para os lugares santos. Os lugares santos são Igrejas de forte apelo popular localizadas em vários locais ao redor da terra santa, sobretudo as obras sociais, sanitária e eclesiais localizadas na Terra Santa. Esses locais, para se manter, precisam da ajuda da Igreja, para que os templos possam sempre estar bonitos e limpos para receber os fiéis.

    Principalmente agora, nessa época da Semana Santa e da Páscoa, os lugares santos recebem grande número de fiéis e precisam da ajuda do povo de Deus para manter os religiosos que neles trabalham e para manter os templos limpos, com as contas pagas e podendo atender bem o povo de Deus que procura esse lugar.

    Sejamos generosos em nossa coleta na Sexta-feira da Paixão, tendo a certeza em nosso coração que o dinheiro que iremos doar não ficará na paróquia, mas será destinado à Custódia da Terra Santa que, destinará o dinheiro para o destinatário. A Terra Santa é o berço do cristianismo. A coleta resulta em diversas ações, desde a acolhida dos peregrinos, como o material litúrgico para a celebração e todo o necessário para a missão dos religiosos naquela localidade.

    As coletas que acontecem todos os anos geram muitos frutos e sempre são bem generosas, inclusive em 2020, ano do pico da pandemia de Covid-19, as paróquias destinaram uma coleta significativa. Novamente, esse ano pede-se a colaboração de todos os fiéis para o dia 7 de abril, Sexta-Feira Santa. Cristo morreu na cruz por amor a todos nós. Por isso, nós também devemos ter amor ao próximo e ajudar as Igrejas a acolher os peregrinos.

    Ao longo de todo o ano, a Igreja conta com a ajuda do povo de Deus em três coletas: coleta para os Lugares Santos (Sexta-Feira Santa); Óbolo de São Pedro (Dia do Papa); e Missões e Santa Infância (Outubro). Além das promovidas pelas Igrejas particulares, de acordo com o calendário da Conferência Episcopal. No Brasil, existem duas oportunidades: a Coleta da Solidariedade, no final da Campanha da Fraternidade como gesto concreto (Domingo de Ramos) e a coleta para a Evangelização (terceiro domingo do advento), Existem outras possíveis como a das vocações, em agosto da comunicações sociais na solenidade da ascensão do Senhor. São coletas em que todo o povo de Deus é chamado a contribuir, como membros da Igreja.

    A coleta para os Lugares Santos foi instituída por São Paulo VI, em 25 de março de 1974, por meio da Exortação Apostólica Nobis in animo. O Papa Paulo VI nutria grande preocupação pela Igreja de Jerusalém e temia que os templos lá existentes ficassem sem uma manutenção adequada e, com isso, menos fiéis acorreriam para aquele local, berço da nossa fé. Assim, por meio dessa Exortação Apostólica, toda a Igreja é incitada a olhar com carinho para a missão, sobretudo nos lugares santos.

    “A Igreja de Jerusalém ocupa um lugar de eleição na solicitude da Santa Sé e na preocupação de todo o mundo cristão, enquanto o interesse pelos Lugares Santos e, em particular, pela cidade de Jerusalém, emerge mesmo nos grandes consensos das nações e nas maiores organizações internacionais”, afirmou o Santo Padre na Exortação Apostólica.

    Ao contribuir com a coleta para os lugares santos cumpriremos o mandato de Jesus e nos tornaremos missionários. Mesmo não estando no local de missão, mas contribuiremos para que o Reino de Deus seja propagado naquele local. O termo católico significa universal, ou seja, a Igreja não anuncia o Evangelho de Cristo em um lugar só, mas anuncia em todo o mundo. O termo universal significa também comunhão, ou seja, a comunhão de todos os fiéis com Cristo. Fazendo a nossa parte e contribuindo com a coleta para os Lugares Santos, estaremos em comunhão com Cristo e com os demais cristãos.

    Esse dinheiro arrecadado é necessário para, além da manutenção dos templos, manter os sacerdotes e religiosos para que possa haver a celebração da Eucaristia e para que a missão possa acontecer. Sem os sacerdotes, não pode haver Eucaristia, sem os religiosos não há visita aos enfermos e o anúncio do Reino de Deus. Por isso, a Igreja, sabiamente, usa a Sexta-feira Santa para realizar essa coleta, para que Cristo que morreu e ressuscitou continue presente naquele local.

    A coleta para os Lugares Santos é uma forma de colocarmos em prática a caridade, pedida para que todos os fiéis realizassem durante o período quaresmal. Durante a Quaresma, somos convidados a vivenciar três práticas espirituais: oração, jejum e caridade — uma está ligada a outra. A coleta que realizamos na Sexta-Feira Santa é uma forma de colocarmos em prática a “caridade”. A Igreja é caridosa. O cerne da Igreja é a caridade. Por isso sempre olha com carinho para aqueles que mais necessitam e o povo, sobretudo da Terra Santa, necessita de ajuda.

    Com a ajuda de toda a comunidade de fiéis, a Igreja conseguirá manter a evangelização na Terra Santa e nos locais de missão. A Igreja Católica, que é universal, conta com a ajuda dos fiéis nos quatro cantos da terra. Ela está presente no mundo inteiro.

    Sejamos generosos na coleta da Sexta-feira Santa, pensando sobretudo que estaremos exercendo a nossa caridade quaresmal. Aquele dinheiro que estaremos doando será destinado para manter a missão da Igreja, principalmente na Terra Santa, onde nasceu a nossa fé.

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