Os pais, responsáveis e amigos precisam ficar atentos às mudanças de comportamento dos adolescentes, e sempre que tiverem dúvidas devem procurar ajuda profissional de um especialista em saúde mental. “A ideia de suicídio está fortemente associada aos transtornos mentais. Cerca de 90% das pessoas que tentam se suicidar têm um transtorno mental”, afirma o Dr. José Gallucci Neto, médico psiquiatra e diretor da Unidade de ECT e vídeo EEG do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-HCFMUSP.
Quanto antes é identificado um transtorno mental no adolescente, melhor é a evolução do tratamento e o prognóstico. Para isso, é feito um plano para o problema que está gerando o risco de suicídio. “Primeiramente, diagnosticamos qual é o transtorno e desenvolvemos um plano de tratamento específico para ele”, explica o especialista. O diagnóstico do risco do suicídio é feito durante a entrevista clínica psiquiátrica e há técnicas específicas para abordar essa questão.
Os adolescentes são mais vulneráveis para desencadear transtornos mentais, pois eles estão passando por uma fase de desenvolvimento, integração entre os colegas e com o meio social. “Cerca de 70% dos transtornos mentais aparecem até os 20 anos de idade. Ou seja, boa parte das condições mentais vão aparecer durante o desenvolvimento para a vida adulta”, conta Dr. José Gallucci.
Vários fatores estão relacionados com os casos de transtorno mental entre os mais jovens: redução da socialização, aumento do uso das redes sociais e o bullying. “A detecção da condição entre os adolescentes pode não ser tão fácil, porque temos dificuldade de separar um sintoma de uma doença mental com o comportamento da adolescência. O melhor elemento para prestar atenção são os rendimentos: mudanças drásticas de comportamento, perda de rendimento escolar, social e emocional”, orienta Dr. José Gallucci.
“Na adolescência, o indivíduo está sofrendo inúmeras transformações. Desde questões físicas e hormonais, como alterações no corpo, a emocionais e socioculturais”. “A importância da ajuda psicológica e psiquiátrica, ao surgirem sintomas de depressão. “Os pais precisam estar atentos para identificar se o adolescente precisa de auxílio e se precisa recorrer à procura médica ou psicológica”, explica a psicóloga especialista em saúde mental de crianças e adolescentes, a Dra. Mariana Harumi.
Lidar com os adolescentes, requer, muita atenção, escuta, amor, afetividade, conhecimento, aplicar a sabedoria com o esmero da assertividade e buscar ajuda de especialistas.
As campanhas que acontecem em prol da saúde mental e na prevenção do suicídio são importantes para alertar o público de que os transtornos mentais são prevalentes na sociedade e ajudam a reduzir o estigma entre a população. “As campanhas são muito importantes para reduzir o preconceito entre a sociedade. As informações são relevantes para o conhecimento da sociedade em prol da posse de tratamento, via: a terapia e a farmacologia. Com o tratamento se adquire qualidade de vida, ou seja, saúde física, emocional e mental. Dentro desse contexto, a plenitude do sentido da vida. A dimensão da felicidade e progressivas realizações.
Prof. Dr. Inácio José do Vale, Psicanalista Clínico, PhD.
Trabalha Clinicando na Comunidade de Ação Pastoral – CAP
Especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS.
Especialista em Psicologia da Saúde pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação-MG.
Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).
Autor do livro Terapia Psicanalítica: Demolindo a Ansiedade, a Depressão e a Posse da Saúde Física e Psicológica
Fontes: