33º Domingo do Tempo Comum

    É permanecendo firmes, que ireis ganhar a vida! (Lc 21,19)

    Celebramos nesse dia 13 de novembro o Trigésimo Terceiro Domingo desse Tempo Comum. Na próxima semana, encerraremos mais um ano litúrgico com a solenidade de Cristo Rei. No domingo seguinte, inicia-se um novo ano litúrgico com a celebração do tempo do Advento e a preparação para o Natal.

    É chegado o tempo em que somos chamados a refletir sobre o ano que litúrgico que está passando — as nossas atitudes, a nossa relação com o próximo e com Deus. Por isso que o tempo do Advento é propício para nos confessarmos e prepararmos bem para a celebração do Natal do Senhor.

    A liturgia da palavra desse domingo é escatológica, ou seja, fala sobre o fim dos tempos — nada que deve nos assustar ou causar medo, mas algo que nos alertar para que estejamos sempre em vigilância e preparados para o dia do nosso encontro com Senhor. A escatologia não trata somente do fim de tudo que existe, mas também do nosso fim, ou seja, do nosso encontro com o Senhor.

    Hoje a Igreja celebra o VI Dia Mundial dos Pobres com o tema “Jesus Cristo fez-se pobre por vós” (2 Cor 8,9). Com essa celebração, a Igreja quer que voltemos o nosso olhar aos mais vulneráveis do reino. Quer que sigamos o exemplo de Jesus que acolhia os pobres e pecadores e, como diz o tema da mensagem do Papa Francisco para esse dia, Ele se fez pobre por nós. Com essa celebração, a Igreja não quer exaltar a figura do pobre, mas quer que voltemos nosso olhar para essas pessoas.

    A oração da coleta de hoje diz: “que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração”. Ou seja, que possamos nos sentir alegres em poder servir ao Senhor e, sobretudo, servindo os mais pobres e infelizes. Aquilo que fizermos de bom aqui, com certeza receberemos a recompensa na vida eterna.

    A primeira leitura desse domingo é da profecia de Malaquias (Ml 3, 19-20a). O profeta Malaquias adverte sobre o dia em que o Senhor virá e julgará cada um de acordo com os seus atos. Aqueles que praticaram o bem irão para a felicidade eterna e aqueles que praticam o mal e foram injustos com o seu semelhante irão para o fogo eterno. O sol da justiça nascerá para aqueles que foram justos e permanecerá escuro para aqueles que praticaram a injustiça.

    O salmo responsorial é o 97 (98), cujo refrão diz justamente sobre o dia em que o Senhor virá para julgar a terra inteira. Ele julgará com justiça e lealdade e cada um será julgado de acordo com os seus atos. A intenção de Deus é de salvar a todos, se assim não fosse, ele não seria Deus. Ele quer que todos se salvem. Por isso, no dia do julgamento, quem se arrepender de seus pecados será salvo.

    A segunda leitura desse domingo é da segunda carta de São Paulo aos Tessalonicenses (2Ts 3, 7-12). Paulo alerta a comunidade que todos devem trabalhar pela construção do reino de Deus. O anúncio do Evangelho é urgente e num mundo tão turbulento em que vivemos é necessário o anúncio de Jesus Cristo.

     O trabalho dignifica o homem. A pessoa que trabalha se torna um exemplo para os seus filhos, esposa e todos aqueles que o rodeiam. Que, com o suor do nosso trabalho, possamos construir um mundo melhor.

    O evangelho deste domingo é de Lucas (Lc 21,5-19). Algumas pessoas estavam observando o templo, admirando as suas belas pedras. Jesus diz para essas pessoas que chegará um dia em que não ficará pedra sobre pedra, ou seja, tudo será destruído. De fato, o templo feito com pedras será destruído, mas o que não deve ser destruído somos nós, que somos templos vivos do Senhor.

    Nós fomos edificados pelo Espírito Santo que recebemos no nosso batismo e, com isso, não seremos destruídos. Do mesmo modo a Igreja Católica: o poder do inferno nunca poderá vencê-la.

    Jesus se refere ao final dos tempos, em que tudo será destruído e será o fim. Isso acontecerá na segunda vinda de Jesus. Jesus diz a essas pessoas que muitos virão em seu nome dizendo ser Ele, mas na verdade não são. Não devemos seguir essas pessoas. De fato, muitos vieram em nome de Jesus e não eram Ele. Permaneçamos em oração e vigilância, aguardando que o Senhor virá. Não sabemos quando será, nem o Filho e nem os anjos do céu sabem, somente o Pai.

    Não devemos nos apavorar quando acontecer guerras, lutas de um país contra outro, terremotos, fomes, pandemias e pestes. Devemos permanecer firmes na oração e em constante vigilância, aguardando o dia do Senhor. Que o nosso coração esteja sempre bem perto do Senhor. Diante destes momentos, testemunhemos a nossa fé no Senhor. Em nenhum momento, reneguemos a nossa fé em Deus, mas até as últimas consequências guardemos a nossa fé. É permanecendo firmes na fé que ganharemos como recompensa a vida eterna. Coloquemos em prática aquilo que rezamos na profissão de fé: creio na vida eterna.

    Celebremos com alegria esse Trigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum, trazendo no nosso coração a certeza da vida eterna. Que permaneçamos firmes na fé e em constante oração e vigilância. Permaneçamos de pé diante da vinda do filho do homem. Não deixemos que destruam o nosso corpo, que é templo consagrado ao Senhor. Permaneçamos de pé, diante da vinda do filho do homem.

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