Inspirados em Francisco de Assis, que teve uma vida marcada pela simplicidade, mantenhamo-nos no cuidado com a criação, obra de Deus, sem nos esquecer dos pobres vulneráveis de nosso tempo. Claro que o centro ou o eixo é a fé, pela qual o povo de Deus caminha e nela encontra solidez, fé no anúncio pascal, mensagem consistente e fundamento inabalável, não nos cansando de repetir com todas as letras que Jesus de Nazaré é o mistério inefável e indizível, que precisa ser sempre mais anunciado integralmente aos homens do nosso tempo. Como é importante o anúncio profético, em palavras escritas e oralmente, sem que jamais possa causar ou ocasionar insegurança à comunidade dos batizados!
Que a força da figura humana de São Francisco de Assis, ao anunciar a Boa-Nova de Cristo e Senhor, seja dom e graça, apresentada por nós em linguagem simples, de fácil acesso e longe de desaparecer sua inequívoca beleza, também inculturada, em meio às grandes tribulações, obstáculos e embaraços do mundo, mas tudo na luz do Evangelho. Jamais prescindir do depósito da fé, no conjunto dos dogmas da Igreja, na sua mensagem, a mais íntegra e completa, numa aproximação sempre maior, inspiração iluminadora do Espírito Santo de Deus.
Com o Poverello de Assis, espero que nossa palavra neste artigo seja útil aos leitores, que a acessarem, ávidos pelos ensinamentos proclamados pelo aventureiro da paz, Francisco de Assis. Que prevaleça a sólida clareza, aquela que nos diz respeito ao depósito da fé, ao mesmo tempo em que estamos persuadidos e banhados nos limites, mas ousados no sentido da busca do infinito e do absoluto, da realidade última da criatura humana e das coisas. No esforço de uma fé lúcida, animados e encorajados pela ternura franciscana, mesmo em meio às limitações, que reine a esperança cristã, com seu eixo, num clamor pela vida, e vida bem vivida, em questão aqui, pela nossa contribuição.
O Deus verdadeiro, o de São Francisco, que se despojou de sua glória e pelo seu sangue derramado na cruz, nos oferece a paz, paz para a humanidade e para o mundo inteiro. Ele assumiu a condição de criatura humana, assemelhando-se aos homens em tudo, exceto no pecado; nele está o caminho inquestionável e legítimo que a humanidade tem diante de si, com respostas para todas as interrogações, evidentemente mergulhados no Evangelho. Assim seja!