“Vinde, Espírito Divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; e acendei neles o amor como um fogo abrasador!” (Aclamação ao Evangelho)
Na Liturgia deste Domingo celebramos a Solenidade de Pentecostes, em que recordamos a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos e a Virgem Maria, em que é o marco para missão da difusão da Palavra de Salvação a todo mundo a fim do encontro de todos, em unidade, com o Pai, bem como o início da Igreja de Jesus Cristo. O Catecismo (2623) nos recorda: “No dia de Pentecostes, o Espírito da promessa foi derramado sobre os discípulos, «reunidos no mesmo lugar» (At 2, 1), enquanto O esperavam, «todos […] perseveravam unânimes na oração» (At 1, 14). O Espírito que ensina a Igreja e lhe recorda tudo quanto Jesus disse (92) vai também formá-la na vida de oração”.
O Evangelho narrado por São João (Jo 20,19-23), relata a Nova Comunidade em volta do seu pilar, Jesus Cristo, onde os discípulos são enviados para a missão, porém não desamparados, mas fortalecidos pelo sopro do Espírito Santo, onde Jesus ressalta: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (cf. Jo 20,22-23). Ora, é a partir do Espírito Santo que permite-se superar os medos e as limitações, dando o testemunho autêntico do Verdadeiro Amor que Jesus vivenciou em expiação dos nossos pecados e para a nossa Salvação.
A Primeira Leitura retirada dos Atos dos Apóstolos (At 2,1-11), São Lucas relata a criação da Comunidade (Igreja) de Cristo, onde através da descrição dos eventos fortes da natureza – “De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam” – demonstra a força e o poder da ação do Espírito Santo estava acontecendo naquele momento. Afinal, a suma importância da descida do Espírito Santo é para dignificar a Comunidade de Amor que ali se iniciava e ultrapassava todas as limitações, pois “então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava” (cf. At 2,3-4), e tudo isto, em razão para que todos pudessem ouvir as maravilhas de Deus em suas próprias línguas.
A Segunda Leitura retirada da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 12,3b-7.12-13), Paulo demonstra que o Espírito Santo é a fonte onde nasce a vida da Comunidade Cristã, pois é o Paráclito que concede os dons em vista do enriquecimento da comunidade e que reúne a todos num mesmo corpo – “A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo” (1Cor 12,7.12).
Que as Luzes do Espírito Santo iluminem nossa caminhada, afinal “não se pode entender a vida cristã sem o Espírito Santo: não seria cristã. Seria uma vida religiosa, pagã, piedosa, que crê em Deus, mas sem a vitalidade que Jesus quer para seus discípulos. E o que dá a vitalidade é a presença do Espírito Santo em nós” (Papa Francisco). Portanto, bendizemos a Deus incessantemente: “Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai” [cf. Sl 103(104), 30].
Saudações em Cristo Ressuscitado! Aleluia!