“Semente é de Deus a Palavra, o Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra vida eterna encontrou” (Aclamação do Evangelho)
A Liturgia do XI Domingo do Tempo Comum somos inseridos no crescimento milagroso do reino de Deus, em meio as dificuldades e na tempestividade que a Comunidade possa perpassar, pois o Plano de Salvação de Deus não se limita ou tão pouco é impedido de crescer. Afinal, assim como a semente que é espalhada sobre a terra, ela é germinada e cresce, a instauração do Reino de Deus é dada através da Palavra, infunde sobre os corações de todos e espalha sobre o mundo como sinal da construção do Reino, independente das situações que possam tentar impedir tal fato, Deus sempre permanecerá no cumprimento no Plano de Amor.
Na Primeira Leitura extraída da Profecia de Ezequiel (Ez 17,22-24), o profeta assegura que Deus não esqueceu da Aliança com o Israel, mesmo exilados na Babilônia; tampouco das promessas dadas ao Povo Eleito. Ele, fiel ao seu Povo, prometendo um futuro de tranquilidade, de justiça e de paz sem fim. “De fato, Ele anuncia a restauração do reino sob a alegoria de agricultor que planta um pequeno galho e observa o seu crescimento. A imagem do pequeno galho lembra as muitas profecias segundo as quais Deus, embora castigando o pecado, não falha na sua fidelidade a Davi, mas refaz a história voltando às origens” (cf. Missal Dominical – Missal da Assembleia Cristã).
No Evangelho de Marcos (Mc 4,26-34), Jesus insere a parábola a Parábola da Semente de Mostarda, em que “o Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra” (cf. Mc 4,31-32). Ora, embora a semente de mostarda seja pequena e vista com desdém, é ela que cresce frutuosamente. Assim é o Reino de Deus, lançado através da Palavra de Jesus em nossos corações, muitas vezes desacreditadas pelos céticos, condenado ao fracasso pela lógica humana, mas Deus não usa da lógica humana para efetivação das Suas obras, pois a finalidade é que todos usufruem da misericórdia da Graça, em virtude do alcance do Reino
A Segunda Leitura, extraída da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (2Cor 5,6-10), Paulo nos lembra que a vida terrestre é marcada pela finitude e pela transitoriedade, afinal “bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, somos peregrinos longe do Senhor; pois caminhamos na fé e não na visão clara. Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor” (cf. 2Cor 5,6-7), por isto devemos focar em mudar nossas atitudes nesta vida corporal, sob à luz do Evangelho, buscando a devida recompensa a fim de vivenciar a Vida Eterna.
Vivificados nas Palavras desta Liturgia, busquemos preparar “a terra” do nosso coração em receber a “semente” da Salvação (a Palavra de Deus), para que cresça em nós a árvore estrondosa da salvação e os frutos da redenção.
Saudações em Cristo!