Grande é a alegria do jubileu dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, quando, agradecidos, recordamos o inaudito acontecimento, na pesca milagrosa de 1717, no Rio Paraíba do Sul-SP. A comemoração do referido jubileu teve início aos 12 de outubro de 2016, com todo o seu desenrolar e conclusão para 12 de outubro de 2017, com o que foi proposto: celebrar, fazer memória e agradecer. O convite belo e maravilhoso de Maria é o de nos mostrar o caminho certo do seu Filho Jesus, com feliz esperança e gratidão de Deus, como nas palavras tão conhecidas: “Fazei tudo o ele vos disser” (cf. Jo 2, 5). A Virgem Aparecida quer nos ensinar a confiança no Deus das Bodas de Caná, para que não nos falte o vinho da nova aliança, bom e inigualável, segura garantia do nosso alimento rumo ao final feliz da eterna romaria: a Jerusalém celeste.
Como católicos, não podemos perder de vista o grande sinal, claro, nítido e seguro: o da presença da mãe de Deus, que quis se estabelecer, com sinais inconfundíveis, num centro de devoção mariana de romaria, como tão bem se canta pelo Brasil afora, em versos e prosa: “Sou caipira, Pirapora nossa / Senhora de Aparecida / Ilumina a mina escura e funda / O trem da minha vida”; tudo para que na força e graça salvadora de Jesus de Nazaré se expressasse e expandisse livremente a vontade de Deus, através de uma mulher que soube recorrer a quem podia socorrer diante da aflição, quando o vinho tinha se acabado. Que o “olhar terno e maternal da Virgem morena e nos olhos da gente simples que nela contemplava o segredo da esperança mova o povo brasileiro a enfrentar com fé e coragem os desafios de cada dia” (Papa Francisco).
Quão maravilhoso é em Maria não se encontrar nada de obstáculo, de imperfeição, de falha! Somos animados, em nossa persistente caminhada do dia a dia, a buscar, triunfantemente, a esperança da vida eterna. Ao encerrar o Ano Mariano do Tricentenário da Padroeira do Brasil, que fique sempre mais clara a nossa missão, de prosseguir nosso caminho rumo ao definitivo, na certeza de que árdua e exigente é a caminhada. Guardemos no coração a seguinte imagem da Santa Mãe de Deus: “É a toda bela, toda pura, toda santa, a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra do seu povo, a nossa honra, garantindo o pleno êxito da redenção pela sua íntima participação na obra redentora do seu Filho”. Assim seja!