Sétimo domingo do tempo comum

    Todas as nações se defendem dos estranhos, dos estrangeiros. Por isto, existem passaportes, vistos, policiamento das fronteiras. No outro veem espontaneamente o perigo. O povo de Israel tinha também suas normas nacionalistas. Os da própria raça, do mesmo povo deviam se relacionar como irmãos entre si; portanto, amar-se e proteger-se mutuamente. Em troca, com relação aos estrangeiros ou estranhos, era preciso ter muitas precauções. Em primeiro lugar, por sua religião e o perigo de ser contaminado por idolatria e, em segundo lugar, porque eram inimigos potenciais ou reais.
    Não obstante, Jesus quer que seus discípulos se situem em outra órbita: “amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”. Eles não são inimigos, são filhos do Pai e, portanto, irmãos. Jesus sabe que o “estranho” não é estranho quando é contemplado com os olhos de Deus, que faz vir o sol sobre todos os seus filhos.
    Mais ainda: Jesus quer que não se negue a saudação a ninguém. E que os considerados inimigos sejam objeto da graça da saudação, da hospitalidade. Nisso consiste a graça, em ter a iniciativa no amor e demonstrar dessa maneira que ninguém é estranho para nós.
    Quando Jesus nos pede para sermos perfeitos como o Pai é perfeito, não está exigindo de nós nada impossível. É certo que nunca, mas nunca mesmo, poderemos ser como Deus, mas podemos aprender com nosso Deus a ser compassivos e misericordiosos. Quem entra no âmbito da aliança com seu Deus participa da condição santa do Pai. Quem é misericordioso “é santo como Deus é santo”. No amor, pretendemos ser como Deus, porque “Deus é amor”.

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