2º Domingo do Tempo Comum. 19/01/25. (Jo 2,1-11).

    Texto iluminador: disse-lhe Maria: “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).

    Trata-se do primeiro sinal “milagre” que Jesus realizou, segundo João, o qual emprega dezessete vezes, o termo “sinal” e fala de sete “sinais”, (sete significa um número da perfeição). Maria, fora convidada e depois Jesus e os apóstolos também. Ela, não está simplesmente, presente, mas vê e percebe o que se passa e intervém. Quando instado pela Mãe, a intervir, Ele, mostra certo distanciamento, “minha hora ainda não chegou” afirma. Mas faz sua parte. O milagre está cronológica e espacialmente bem situado. João, sabe trabalhar, com fatos históricos e além do mais, sabe fazer catequese a partir de acontecimentos. Faltava, não somente vinho, mas até água. A religião em Israel deixava, muito a desejar. Jesus, então se mostra o verdadeiro, esposo que traz o autêntico vinho. Até o mestre de cerimônia percebe, que algo estava errado e intervém: não se usa o vinho bom no fim, mas no início. Jesus não veio simplesmente para “salvar” os noivos de um constrangimento. Veio mostrar que o verdadeiro novo é Ele e o vinho autêntico é “amor”, “felicidade” que somente Ele pode oferecer.

    João, chama Maria de Mãe, mas Ele porém a denomina “mulher”. Também, em João (19,26), Jesus a chama “mulher” por quê? Para isso é preciso ler (Gênesis 3,15) Maria – sua mãe é a verdadeira “mulher” que nunca falhou. É a nova Eva: a verdadeira. É Mãe e discípula. Esteve presente com Ele no início, na evangelização e no fim. Foi fiel. Por isso, pediu e obteve êxito na petição.

    “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Maria manda obedecer a Jesus. Também, hoje, Ela o faz, pois se identifica com sua obra. Não é somente Mãe, mas também a melhor discípula.

    Jesus mostrou sua “glória” pelo sinal realizado. Esta glória, Ele a recebeu do Pai e vai mostrá-la plenamente, na sua ressureição. Áleas, mostra sempre, ser o enviado do Pai, cuja a vontade realiza obedecendo-lhe.

    Então, os discípulos creram “Nele”, ou seja, o “sinal” lhes mostrou quem Jesus de fato era. Começaram a crer. A fé é dom, mas também compromisso pessoal. É resposta graciosa, mas livre e crescente. Hoje, muitos perdem a fé, porque não a cultivam pela vivência pessoal. É preciso ouvir mais “Maria” e obedecer melhor a Jesus. O Salvador, sempre presente em nossas vidas.

    Em nossos matrimônios, hoje, também, não falta o verdadeiro vinho? Sim, o de Caná, a de Cristo, falta. Outros, talvez, venha, a sobrar. Estes se compram… aquele se obtém pela intimidade com o mestre. É preciso então, entender bem hoje, o sinal de Jesus, dado em Caná.

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