26º Domingo do Tempo Comum

    Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá” (Ez 18,28).

     Celebramos neste domingo o vigésimo sexto desse Tempo Comum iniciando hoje, mais um mês e nos aproximando do final do ano litúrgico e do ano civil. Esse mês de outubro é dedicado ao Rosário e às Missões. Iniciamos também a Semana Nacional da Vida que culminará com o dia do nascituro no próximo dia 8 com o tema da Adoção. No próximo dia 7, celebramos a Nossa Senhora do Rosário sendo que no dia 6 mais um evento da Rádio Catedral, “Senhora do Rosário” com os grupos de terço da Arquidiocese. Este mês dedicado às missões se inicia também com a memória neste dia 2 de outubro quando celebramos a Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões. Da Igreja local aos confins da terra com o lema Corações ardentes, pés a caminho que é também  tema da mensagem do Papa o Dia Mundial das missões (dia 22/10) temos muitos temas a meditar.

    Convido a todos ao longo desse mês de outubro a fazer missão (estamos nas missões populares neste segundo semestre em nossa arquidiocese), ou seja, sair da Igreja, da comunidade, de casa e ir ao encontro do outro. Temos que ir ao encontro daqueles que, por algum motivo, se encontram afastados da Igreja — e convidá-los a retornarem para a vida da comunidade, pois as pessoas passam, mas quem permanece sempre nos esperando é Jesus.

    A missão é urgente. Deve ser feita ao longo de todo ano e toda a vida e não somente no mês de outubro. Mas, já que temos um mês dedicado às missões, façamos a nossa parte visitando as famílias e fazendo com que todas as pessoas retornem para a Igreja. A missão também se faz com a oração (como Santa Teresinha), por isso, rezemos em nossas casas por toda a Igreja, pelo Papa Francisco, pelos bispos, padres e diáconos e tantos religiosos e religiosas que, espalhados pelo mundo, realizam a missão de levar Jesus Cristo às comunidades mais carentes.

    Ao longo desse mês, que também rezemos o Santo Rosário e peçamos a intercessão de Nossa Senhora Aparecida (festa dia 12/10), padroeira do Brasil, e de Nossa Senhora do Rosário, por todos nós e por toda a Igreja.

    Elevemos uma prece a Deus ao longo dessa semana por todas as crianças, sobretudo as recém-nascidas, e por todas as mães que estão grávidas. Lutemos sempre pela vida e digamos sempre não ao aborto. No próximo domingo, dia 8, celebraremos o Dia do Nascituro no final da Semana Nacional da Vida.

    A liturgia desse domingo, mais uma vez, fala sobre o perdão e sobre a vida eterna. No Evangelho, Jesus vai dizer que a salvação e a herança do reino dos céus é para todos, principalmente para aqueles de coração sincero que tenham o desejo da conversão, pois não adianta nada ir à Igreja, se dizer cumpridor da lei e odiar o próximo.

    A primeira leitura da missa desse domingo é da profecia de Ezequiel (Ez 18,25-28). Ezequiel faz um alerta nessa leitura que serve para cada um de nós hoje. Muitas vezes cometemos algo errado na vida e ficamos nos lamentando por um bom tempo e, muitas vezes, culpando a Deus pelo fato ocorrido. Ou fazendo a Deus uma série de perguntas com porquês. Mas nós esquecemos que, aquela atitude errada que cometemos foi por iniciativa nossa que aquilo aconteceu. Portanto, temos que levantar a cabeça, seguir em frente, aprender com o erro e confessar a Deus o pecado cometido para ser merecedores da graça da vida eterna. Deus está sempre propenso a nos perdoar, conforme Ezequiel termina a leitura de hoje: “Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá” (Ez 18,28).

    O salmo responsorial é o 24 (25), que diz em seu refrão: “Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura”. Deus tem ternura e compaixão por cada um de nós. Nos momentos de desespero, por vezes, achamos que Deus se esqueceu de nós, mas basta procurá-lo que Ele nos atenderá e ouvirá a nossa súplica.

    A segunda leitura desse domingo é da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 2,1-11). Paulo diz à comunidade dos Filipenses e a cada um de nós hoje, que devemos procurar viver aqui na terra a harmonia e o amor uns aos outros em união a Cristo, que está nos céus. Se partilhamos a eucaristia, partilhamos também a comunhão e o amor mútuo. Não podemos receber e partilhar a eucaristia, se não vivermos o amor ao próximo. São Paulo alerta, ainda, a sermos humildes, não nos vangloriarmos daquilo que possuímos, mas sobretudo agradecer a Deus por tudo o que conquistamos e, ainda, exercer a caridade, partilhando o que temos a mais com aqueles que pouco ou nada tem. Não sejamos apegados aos bens materiais, pois, quando morrermos, não levaremos nada conosco, tudo ficará aqui.

    O Evangelho desse domingo é de Mateus (Mt 21,28-32). Jesus inicia esse trecho do Evangelho contando uma parábola aos sacerdotes e anciãos do povo. “Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: Filho, vai trabalhar hoje na vinha! O filho respondeu: Não quero. Mas depois mudou de opinião e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: Sim, senhor, eu vou, mas não foi”. (Mt 21, 28-30)

    Então, Jesus perguntou a eles: Qual deles fez a vontade do Pai, e eles responderam: o primeiro. Jesus conta essa parábola a eles para dizer que salvação de Deus é para todos, ninguém deve ser excluído da sociedade por ser prostituta, cobrador de impostos ou com doença contagiosa. A pessoa pode ser salva até no seu último momento de vida, se caso se arrepender de seus pecados. Não podemos condenar e nem julgar ninguém, isso cabe a Deus, pois, se julgamos o outro, já estamos pecando. Muitas vezes podemos ter mais pecado do que aquela pessoa que estamos julgando ou condenando.

    Arrependamo-nos de nossos pecados enquanto é tempo. Deus é misericordioso e nos acolhe com amor. Ao longo desse mês missionário e do rosário, e nesta semana nacional da vida, em nossas visitas às famílias e às casas das pessoas, falemos da misericórdia e do amor de Deus. Ele está sempre à espera de cada um de nós. Vivamos o amor mútuo e tenhamos em nós os mesmos sentimentos de Cristo.

    Celebremos, com alegria, esse vigésimo sexto domingo do Tempo Comum e que o Espírito Santo nos impulse em nosso ardor missionário. O anúncio do Reino de Deus é urgente e necessário nos dias de hoje.

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