15.9 C
São Paulo
domingo, 13 julho, 2025.

Sexta-feira da Paixão do Senhor Páscoa

30/03/2018 Dia Todo

Primeira Leitura: Is 52, 13-53,12

Leitura do livro do profeta Isaías – 13Ei-lo, o meu Servo será bem-sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano -, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. 53,1Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. 3Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele. 4A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! 5Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura. 6Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós. 7Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. 8Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras. 10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. 11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. 12Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores. – Palavra do Senhor.

 

Salmo – Sl 30,2.6.12-13.15-16.17.25 (R.Lc 23,46)

R. Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
2 Recorro a ti, Senhor, não me confundas: vem, na tua justiça, libertar-me!

6 Nas tuas mãos deponho o meu espírito, porque és um Deus fiel e me redimes.

12 Sou agora motejo do inimigo, sentem nojo de mim os meus vizinhos. Sou para os meus amigos um escândalo, fogem de mim aqueles que me encontram. 13 Os corações me esquecem: sou um morto; como um vaso partido me tornei.

15 Confio em ti, Senhor, apesar disso, e declaro: Senhor, és o meu Deus! 16 Em tuas mãos se encontra o meu destino; liberta-me das mãos que me perseguem!

17 Brilhe sobre o teu servo a tua face, possa a tua bondade me salvar!

25 Ao alto os corações, tende coragem, ó todos que ao Senhor vos confiastes!

Segunda Leitura – Hb 4,14-16; 5,7-9

Leitura da carta aos Hebreus – Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. 5,7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. – Palavra do Senhor.

 

Evangelho – Jo 18,1-19,42

Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo João

 –  Narrado1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João.
Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:
Pres.: “A quem procurais?”

Narrado15Responderam:

– “A Jesus, o Nazareno”.

Narrador 1: Ele disse:

Pres.: “Sou eu”.

Narrador 1: Judas, o traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7De novo lhes perguntou:

Pres.: “A quem procurais?”

Narrador 1: Eles responderam:

– “A Jesus, o Nazareno”.

Narrador 18Jesus respondeu:

Pres.: “Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem”.

Narrado19Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:

Pres.: “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste”.

Narrador 210Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro:

Pres.: “Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?”

Narrado212Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. 14Foi Caifás que deu aos judeus o conselho:

Leitor 1: “É preferível que um só morra pelo povo”.

Narrador 215Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. 16Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A criada que guardava a porta disse a Pedro:

Mulher: “Não pertences também tu aos discípulos desse homem?”

Narrador 2: Ele respondeu:

Leitor 1: “Não”.

Narrador 218Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu:

Pres.: “Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse”.

Narrado222Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:

Leito1: “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?”

Narrado223Respondeu-lhe Jesus:

Pres.: “Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?”

Narrador 124Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o Sumo Sacerdote. 25Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:

Leitor 1: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?”

Narrador 1: Pedro negou:

Leitor 2: “Não!”

Narrador 126Então um dos empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:

Leitor 1: “Será que não te vi no jardim com ele?”

Narrador 227Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. 28De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:

Pilatos: “Que acusação apresentais contra este homem?”

Narrador 230Eles responderam:

– “Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!”

Narrador 231Pilatos disse:

Pilatos: “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei”.

Narrador 2: Os judeus lhe responderam:

– “Nós não podemos condenar ninguém à morte”.

Narrador 132Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:

Pilatos: “Tu és o rei dos judeus?”

Narrador 1: 34Jesus respondeu:

Pres.: “Estás dizendo isto por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?”

Narrador 135Pilatos falou:

Pilatos: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”

Narrador 136Jesus respondeu:

Pres.: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.

Narrador 137Pilatos disse a Jesus:

Pilatos: “Então, tu és rei?”

Narrador 1: Jesus respondeu:

Pres.: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.

Narrador 138Pilatos disse a Jesus:

Pilatos: “O que é a verdade?”

Narrador 1: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes:

Pilatos: “Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos Judeus?”

Narrador 140Então, começaram a gritar de novo:

– “Este não, mas Barrabás!”

Narrador 2: Barrabás era um bandido. 19,1Então Pilatos mandou flagelar Jesus.

2Os soldados teceram uma coroa de espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e diziam:

– “Viva o rei dos judeus!”

Narrador 2: E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:

Pilatos: “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum”.

Narrador 2: 5Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:

Pilatos: “Eis o homem!”

Narrador 2: 6Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:

– “Crucifica-o! Crucifica-o!”

Narrador 2: Pilatos respondeu:

Pilatos: “Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum”.

Narrador 27Os judeus responderam:

– “Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus”.

Narrador 28Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:

Pilatos: “De onde és tu?”

Narrador 2: Jesus ficou calado. 10Então Pilatos disse:

Pilatos: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?”

Narrador 2: 11Jesus respondeu:

Pres.: “Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior”.

Narrador 212Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:
– “Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César”.

Narrador 213Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado “Pavimento”, em hebraico “Gábata”. 14Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus:

Pilatos: “Eis o vosso rei!”

Narrador 215Eles, porém, gritavam:

– “Fora! Fora! Crucifica-o!”

Narrador 2: Pilatos disse:

Pilatos: “Hei de crucificar o vosso rei?”

Narrador 2: Os sumos sacerdotes responderam:

– “Não temos outro rei senão César”.

Narrador 216Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram.

Narrador 117Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvário”, em hebraico “Gólgota”. 18Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio.

Narrador 119Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito:

– “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.

Narrador 120Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego.

Narrador 1: 21Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:
– “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos judeus’”.

Narrador 122Pilatos respondeu:

Pilatos: “O que escrevi, está escrito”.

Narrador 123Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto abaixo. 24Disseram então entre si:

– “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será”.

Narrador 2: Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim procederam os soldados.

Narrador 1: 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:

Pres.: “Mulher, este é o teu filho”.

Narrador 127Depois disse ao discípulo:

Pres.: “Esta é a tua mãe”.

Narrador 1: Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:

Pres.: “Tenho sede”.

Narrador 129Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse:

Pres.: “Tudo está consumado”.

Narrador 1: E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

(Aqui todos se ajoelham.)

Narrador 231Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz.

Narrador 132Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.

Narrador 2: 35Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”.  37E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”.

Narrador 138Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus — mas às escondidas, por medo dos judeus — pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite. Trouxe uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar.

Narrador 2: 41No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.

– Palavra da salvação.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here