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domingo, 2 novembro, 2025.

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor

09/04/2017 All day

Liturgia da Palavra

“Acolhamos a Palavra que confirma nossa fé. Ela nos dá a conhecer Jesus como o servo sofredor, aquele que se esvaziou a sim mesmo, o Filho de Deus”

Primeira Leitura – Is 50,4-7

Leitura do livro do Profeta Isaías – O Senhor Deus deu-me a língua de um discípulo para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido. Cada manhã ele desperta meus ouvidos para que escute como discípulo;(o Senhor Deus abriu-me o ouvido) e eu não relutei, não me esquivei.Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros.Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado. – Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 21,8-9.17-18a.19-20.23-24 (R.2a)

Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

8 Riem de mim todos aqueles que me vêem, torcem os lábios e sacodem a cabeça: 9 ‘Ao Senhor se confiou, ele o liberte e agora o salve, se é verdade que ele o ama!’ R.

17 Cães numerosos me rodeiam furiosos, e por um bando de malvados fui cercado. Transpassaram minhas mãos e os meus pés 18 e eu posso contar todos os meus ossos. Eis que me olham e, ao ver-me, se deleitam! R.

19 Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica. 20 Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, ó minha força, vinde logo em meu socorro! R.

23 Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembléia hei de louvar-vos! 24 Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, glorificai-o, descendentes de Jacó, e respeitai-o toda a raça de Israel! R.

Segunda Leitura – Fl 2,6-11

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses – Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus,mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens.E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes,10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos.11 E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor. – Palavra do Senhor.

Evangelho – Mt 26,14-27,66

+ Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus – 14 Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e perguntou-lhes:15Que quereis dar-me e eu vo-lo entregarei. Ajustaram com ele trinta moedas de prata.16E desde aquele instante, procurava uma ocasião favorável para entregar Jesus.17No primeiro dia da festa dos ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Onde queres que preparemos a ceia pascal?18Respondeu-lhes Jesus: Ide à cidade, à casa de um tal, e dizei-lhe: O Mestre manda dizer-te: Meu tempo está próximo. É em tua casa que celebrarei a Páscoa com meus discípulos.19Os discípulos fizeram o que Jesus tinha ordenado e prepararam a Páscoa.20Ao declinar da tarde, pôs-se Jesus à mesa com os doze discípulos.21Durante a ceia, disse: Em verdade vos digo: um de vós me há de trair.22Com profunda aflição, cada um começou a perguntar: Sou eu, Senhor?23Respondeu ele: Aquele que pôs comigo a mão no prato, esse me trairá.24O Filho do Homem vai, como dele está escrito. Mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Seria melhor para esse homem que jamais tivesse nascido!25Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: Mestre, serei eu? Disse-lhe Jesus: Tu o disseste.26Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo.27Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos,28porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados.29Digo-vos: doravante não beberei mais desse fruto da vinha até o dia em que o beberei de novo convosco no Reino de meu Pai.30Depois do canto dos Salmos, dirigiram-se eles para o monte das Oliveiras.31Disse-lhes então Jesus: Esta noite serei para todos vós uma ocasião de queda; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersadas (Zc 13,7).32Mas, depois da minha Ressurreição, eu vos precederei na Galiléia.33Pedro interveio: Mesmo que sejas para todos uma ocasião de queda, para mim jamais o serás.34Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo: nesta noite mesma, antes que o galo cante, três vezes me negarás.35Respondeu-lhe Pedro: Mesmo que seja necessário morrer contigo, jamais te negarei! E todos os outros discípulos diziam-lhe o mesmo.36Retirou-se Jesus com eles para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.37E, tomando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.38Disse-lhes, então: Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai comigo.39Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres.40Foi ter então com os discípulos e os encontrou dormindo. E disse a Pedro: Então não pudestes vigiar uma hora comigo…41Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.42Afastou-se pela segunda vez e orou, dizendo: Meu Pai, se não é possível que este cálice passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!43Voltou ainda e os encontrou novamente dormindo, porque seus olhos estavam pesados.44Deixou-os e foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.45Voltou então para os seus discípulos e disse-lhes: Dormi agora e repousai! Chegou a hora: o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores…46Levantai-vos, vamos! Aquele que me trai está perto daqui.47Jesus ainda falava, quando veio Judas, um dos Doze, e com ele uma multidão de gente armada de espadas e cacetes, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.48O traidor combinara com eles este sinal: Aquele que eu beijar, é ele. Prendei-o!49Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse: Salve, Mestre. E beijou-o.50Disse-lhe Jesus: É, então, para isso que vens aqui? Em seguida, adiantaram-se eles e lançaram mão em Jesus para prendê-lo.51Mas um dos companheiros de Jesus desembainhou a espada e feriu um servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha.52Jesus, no entanto, lhe disse: Embainha tua espada, porque todos aqueles que usarem da espada, pela espada morrerão.53Crês tu que não posso invocar meu Pai e ele não me enviaria imediatamente mais de doze legiões de anjos?54Mas como se cumpririam então as Escrituras, segundo as quais é preciso que seja assim?55Depois, voltando-se para a turba, falou: Saístes armados de espadas e56Mas tudo isto aconteceu porque era necessário que se cumprissem os oráculos dos profetas. Então os discípulos o abandonaram e fugiram.57Os que haviam prendido Jesus levaram-no à casa do sumo sacerdote Caifás, onde estavam reunidos os escribas e os anciãos do povo.58Pedro seguia-o de longe, até o pátio do sumo sacerdote. Entrou e sentou-se junto aos criados para ver como terminaria aquilo.59Enquanto isso, os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho procuravam um falso testemunho contra Jesus, a fim de o levarem à morte.60Mas não o conseguiram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas.61Por fim, apresentaram-se duas testemunhas, que disseram: Este homem disse: Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias.62Levantou-se o sumo sacerdote e lhe perguntou: Nada tens a responder ao que essa gente depõe contra ti?63Jesus, no entanto, permanecia calado. Disse-lhe o sumo sacerdote: Por Deus vivo, conjuro-te que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus?64Jesus respondeu: Sim. Além disso, eu vos declaro que vereis doravante o Filho do Homem sentar-se à direita do Todo-poderoso, e voltar sobre as nuvens do céu.65A estas palavras, o sumo sacerdote rasgou suas vestes, exclamando: Que necessidade temos ainda de testemunhas? Acabastes de ouvir a blasfêmia!66Qual o vosso parecer? Eles responderam: Merece a morte!67Cuspiram-lhe então na face, bateram-lhe com os punhos e deram-lhe tapas,68dizendo: Adivinha, ó Cristo: quem te bateu?69Enquanto isso, Pedro estava sentado no pátio. Aproximou-se dele uma das servas, dizendo: Também tu estavas com Jesus, o Galileu.70Mas ele negou publicamente, nestes termos: Não sei o que dizes.71Dirigia-se ele para a porta, a fim de sair, quando outra criada o viu e disse aos que lá estavam: Este homem também estava com Jesus de Nazaré.72Pedro, pela segunda vez, negou com juramento: Eu nem conheço tal homem.73Pouco depois, os que ali estavam aproximaram-se de Pedro e disseram: Sim, tu és daqueles; teu modo de falar te dá a conhecer.74Pedro então começou a fazer imprecações, jurando que nem sequer conhecia tal homem. E, neste momento, cantou o galo.75Pedro recordou-se do que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, negar-me-ás três vezes. E saindo, chorou amargamente.1Chegando a manhã, todos os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo reuniram-se em conselho para entregar Jesus à morte.2Ligaram-no e o levaram ao governador Pilatos.3Judas, o traidor, vendo-o então condenado, tomado de remorsos, foi devolver aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos as trinta moedas de prata,4dizendo-lhes: Pequei, entregando o sangue de um justo. Responderam-lhe: Que nos importa? Isto é lá contigo!5Ele jogou então no templo as moedas de prata, saiu e foi enforcar-se.6Os príncipes dos sacerdotes tomaram o dinheiro e disseram: Não é permitido lançá-lo no tesouro sagrado, porque se trata de preço de sangue.7Depois de haverem deliberado, compraram com aquela soma o campo do Oleiro, para que ali se fizesse um cemitério de estrangeiros.8Esta é a razão por que aquele terreno é chamado, ainda hoje, Campo de Sangue.9Assim se cumpriu a profecia do profeta Jeremias: Eles receberam trinta moedas de prata, preço daquele cujo valor foi estimado pelos filhos de Israel;10e deram-no pelo campo do Oleiro, como o Senhor me havia prescrito.11Jesus compareceu diante do governador, que o interrogou: És o rei dos judeus? Sim, respondeu-lhe Jesus.12Ele, porém, nada respondia às acusações dos príncipes dos sacerdotes e dos anciãos.13Perguntou-lhe Pilatos: Não ouves todos os testemunhos que levantam contra ti?14Mas, para grande admiração do governador, não quis responder a nenhuma acusação.15Era costume que o governador soltasse um preso a pedido do povo em cada festa de Páscoa.16Ora, havia naquela ocasião um prisioneiro famoso, chamado Barrabás.17Pilatos dirigiu-se ao povo reunido: Qual quereis que eu vos solte: Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo?18(Ele sabia que tinham entregue Jesus por inveja.)19Enquanto estava sentado no tribunal, sua mulher lhe mandou dizer: Nada faças a esse justo. Fui hoje atormentada por um sonho que lhe diz respeito.20Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo que pedisse a libertação de Barrabás e fizesse morrer Jesus.21O governador tomou então a palavra: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Responderam: Barrabás!22Pilatos perguntou: Que farei então de Jesus, que é chamado o Cristo? Todos responderam: Seja crucificado!23O governador tornou a perguntar: Mas que mal fez ele? E gritavam ainda mais forte: Seja crucificado!2425E todo o povo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!26Libertou então Barrabás, mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser crucificado.27Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e rodearam-no com todo o pelotão.28Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate.29Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com escárnio: Salve, rei dos judeus!30Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara, davam-lhe golpes na cabeça.31Depois de escarnecerem dele, tiraram-lhe o manto e entregaram-lhe as vestes. Em seguida, levaram-no para o crucificar.32Saindo, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, a quem33Chegaram ao lugar chamado Gólgota, isto é, lugar do crânio.34Deram-lhe de beber vinho misturado com fel. Ele provou, mas se recusou a beber.35Depois de o haverem crucificado, dividiram suas vestes entre si, tirando a sorte. Cumpriu-se assim a profecia do profeta: Repartiram entre si minhas vestes e sobre meu manto lançaram a sorte (Sl 21,19).36Sentaram-se e montaram guarda.37Por cima de sua cabeça penduraram um escrito trazendo o motivo de sua crucificação: Este é Jesus, o rei dos judeus.38Ao mesmo tempo foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda.39Os que passavam o injuriavam, sacudiam a cabeça e diziam:40Tu, que destróis o templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!41Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos também zombavam dele:42Ele salvou a outros e não pode salvar-se a si mesmo! Se é rei de Israel, desça agora da cruz e nós creremos nele!43Confiou em Deus, Deus o livre agora, se o ama, porque ele disse: Eu sou o Filho de Deus!44E os ladrões, crucificados com ele, também o ultrajavam.45Desde a hora sexta até a nona, cobriu-se toda a terra de trevas.46Próximo da hora nona, Jesus exclamou em voz forte: Eli, Eli, lammá sabactáni? – o que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?47A estas palavras, alguns dos que lá estavam diziam: Ele chama por Elias.48Imediatamente um deles tomou uma esponja, embebeu-a em vinagre e apresentou-lha na ponta de uma vara para que bebesse.49Os outros diziam: Deixa! Vejamos se Elias virá socorrê-lo.50Jesus de novo lançou um grande brado, e entregou a alma.51E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes de alto a baixo, a terra tremeu, fenderam-se as rochas.52Os sepulcros se abriram e os corpos de muitos justos ressuscitaram.53Saindo de suas sepulturas, entraram na Cidade Santa depois da ressurreição de Jesus e apareceram a muitas pessoas.54O centurião e seus homens que montavam guarda a Jesus, diante do estremecimento da terra e de tudo o que se passava, disseram entre si, possuídos de grande temor: Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus!55Havia ali também algumas mulheres que de longe olhavam; tinham seguido Jesus desde a Galiléia para o servir.56Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.57É tardinha, um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus,58foi procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos cedeu-o.59José tomou o corpo, envolveu-o num lençol branco60e o depositou num sepulcro novo, que tinha mandado talhar para si na rocha. Depois rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro e foi-se embora.61Maria Madalena e a outra Maria ficaram lá, sentadas defronte do túmulo.62No dia seguinte – isto é, o dia seguinte ao da Preparação -, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus dirigiram-se todos juntos à casa de Pilatos.63E disseram-lhe: Senhor, nós nos lembramos de que aquele impostor disse, enquanto vivia: Depois de três dias ressuscitarei.64Ordena, pois, que seu sepulcro seja guardado até o terceiro dia. Os seus65Respondeu Pilatos: Tendes uma guarda. Ide e guardai-o como o entendeis.66Foram, pois, e asseguraram o sepulcro, selando a pedra e colocando guardas. – Palavra da Salvação

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