Local: Fortaleza. Ceará – Brasil
Falecimento: 27 de agosto de 1999
Local: Igreja de N.Sª da Assunção das Fronteiras – Recife / Pernambuco- Brasil;
Batizou-se em 31 de março de 1909.
Primeira Eucaristia em 29 de setembro de 1917.
· Educado no Seminário de São José na Prainha, Fortaleza / Ceará.
· Ordenado padre em 15 de agosto de 1931, com apenas 22 anos e meio de idade, sendo necessária uma licença especial do Papa.
· Até 1936 exerceu na capital cearense atividade sacerdotal, entre homens de letras e operários.
· Nesse período é nomeado diretor do Departamento de Educação, cargo hoje correspondente a Secretario de Estado.
· Foi para o Rio de Janeiro em 1936.
· Exerceu, entre outras funções, o cargo de Diretor Técnico do Ensino de Religião da Arquidiocese.
· Em 1948 foi nomeado Monsenhor.
· No ano de 1950, expõe ao amigo Monsenhor Montini (futuro Papa Paulo VI) seus planos para fundar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – fundada em 14 de outubro de 1952 – da qual se torna Secretario Geral de 1952 a 1964 e Secretario da Ação Social entre 1964 e 1968.
· Sagrado Bispo no dia 20 de abril de 1952, na Igreja da Candelária, no de Janeiro, pelas mãos de Dom Jaime de Barros Câmara.
· Nomeado Arcebispo Auxiliar do Rio de Janeiro em 1955.
· Em 1955 organiza o famoso Congresso Eucarístico Internacional.
· Cria o Banco da Providência e a Cruzada São Sebastião, primeira etapa para o combate as injustiças sociais.
· Trabalha na criação, em 1955, da Conferência Geral do Episcopado Latino Americano (CELAM) e permanece como seu vice-presidente de 1958 a 1964 quando é nomeado Arcebispo de Olinda e Recife.
· Toma posse em Olinda e Recife em 12 de abril de 1964.
· Passa a desenvolver com grande relevância ações sociais junto `as comunidades carentes, e luta pelos direitos humanos e a justiça social, destacando-se como fundador:
do “Banco da Providência” (Recife, 1964),
da “Operação Esperança” (Pernambuco, 1965),
do “Instituto de Teologia do Recife” (1968),
do “Encontro de Irmãos” (em 1969 como ponto de partida para criação de 230 Comunidades Eclesiais de Base) ,
da “Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese (1979)
da criação de 19 Paróquias.
· Ficou mundialmente conhecido como o arauto dos “sem vez e sem voz”.
· Durante o regime militar sua voz é ouvida apenas na Rádio Olinda, de 1964-83, sendo proibido e censurado na mídia.
· Liderou o movimento da não violência e das Minorias Abraâmicas, trabalhando para construir um mundo mais justo e mais humano.
· No Plano Internacional (Santa Sé): Membro do “Conselho Supremo de Imigração” da comissão “Para Disciplina do Clero”, preparatória do Concílio Vaticano II (1962-1965), onde foi Padre conciliar nas 4 sessões, membro da Comissão ” Apostolado dos Leigos e Meios de Comunicação Social, no Concílio Ecumênico – 1964 e Delegado do Episcopado Brasileiro no III Sínodo dos Bispos (1974).
· Durante todo o seu sacerdócio foram- lhes conferidas várias homenagens, cujo acervo de condecorações perfaz um total de 716 itens.
· Tem 23 livros publicados, sendo 19 deles traduzidos para 16 idiomas.
· Membro de 41 organizações internacionais e 05 nacionais..
· Distinguiu-se com prêmios da Paz entre eles René Sande; Martin Luther King; Memorial João XXIII de Pax Christ; Artesões da Paz; Prêmio Popular da Paz; Niwano Peace Prize. Doutor honoris (32) incluindo Harvard University, St. Louis University, Louvain, Florença, Fribourg, Amsterdan, Sorbonne.
· Recebeu trinta (30) títulos de Cidadão Honorário, no Brasil e Exterior.
· Foi saudado pelo Papa João Paulo II quando da visita de Sua Santidade ao Brasil em 1980 com o título de “Irmão dos Pobres meu Irmão“.
· Afastou-se da Arquidiocese em 1985, por limite de idade, com o título de Arcebispo Emérito de Olinda e Recife, mas, não abandonou a atividade pastoral.
· Fundou, em 1984 as “Obras de Frei Francisco” (OFF), cujo Conselho Curador presidiu até a data de seu falecimento. Pertencem a esta Instituição a
“Casa de Frei Francisco” (Coelhos- Recife-Pe, fundada em 1986) e o
“Centro de Documentação Helder Camara”- CEDOHC (inaugurado em 5 de fevereiro de 1999).
· Deixou – em testamento, datado de 20 de julho de 1984 – para Obras de Frei Francisco, todos os bens e direitos autorais de suas obras que terão continuidade através das atividades culturais e dos projetos sociais dentro da Campanha por ele fundada em 1991 “Ano 2000 Sem Miséria” que inspirou o esforço nacional contra a fome, o desemprego e a luta pela cidadania dos excluídos.