A vaidade, que o Papa Francisco definiu como osteoporose da alma. é uma manifestação do orgulho e da arrogância. O vaidoso sente-se superior aos outros em tudo, donde o desprezo para com o próximo Trata-se de uma autoidolatria, manifestação de um condenável narcisismo.
O vaidoso está sempre ansioso para aparecer e o fingimento é sua característica. Eis porque São Bernardo assim aconselhou o vaidoso: ”Pense naquilo que seu corpo vai ser. Ele vai ser comida para os vermes. E todo esse maquiar a vida é uma ilusão”. O verdadeiro cristão, de fato preocupa-se com o seu interior, seu aprimoramento espiritual. Procura valorizar ao máximo os dons recebidos de Deus e reconhece que sem a graça divina não pode realizar nada de útil. Sabe então reconhecer as virtudes dos outros e é capaz de perceber suas limitações pessoais, naturais a qualquer ser contingente. Quem não é vaidoso esforça-se para adquirir, antes de tudo, os bens que nem a morte pode lhe fazer perder. Diz Santo Afonso que “o dia da morte é chamado dia da perda, porque nele perdemos as honras, as riquezas e os prazeres, enfim todos os bens terrenos”. Santo Ambrósio lembra que para o outro mundo só se podem levar as virtudes, pois estas nos acompanham para a eternidade.
Eis porque São Pedro aconselhou: “A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no seu interior que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus (1 Pd 3,3-4).
O cristão cuida de seu corpo, de sua saúde, de sua aparência porque sabe que é o templo do Espírito Santo. São João adverte que “tudo o que há no mundo – a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens – não provém do Pai, mas do mundo, O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz vontade de Deus permanece para sempre (1 Jo 2,16-17)
O contrário da vaidade é humildade que é abençoada por Deus. O humilde coloca a adesão a Deus em primeiro lugar em sua vida e entende que tudo lhe vem do Senhor onipotente. . O humilde dá valor a si mesmo, mas não se coloca acima dos outros. Põe sempre suas qualidades a serviço do próximo. Deste modo tudo faz para glória de Deus e bem de seus semelhantes, não agindo nunca por mera vanglória.
